O Laboratório de Química da ACOS – Associação de Agricultores do Sul, em Beja, está a registar “um aumento significativo” do número de amostras de azeitona para análise, para determinar o momento ideal para o início da colheita.
Em comunicado, a ACOS indicou que este aumento do número de amostras de azeitona para que sejam alvo de análises “coincide com a necessidade de determinar o momento ideal para a apanha e com o início da colheita, que já está a acontecer em algumas explorações”.
Com o objetivo de reforçar a capacidade de resposta da ACOS paria ir “ao encontro das necessidades dos seus clientes”, fonte da associação revelou hoje à agência Lusa que foram investidos, recentemente, “mais de 100 mil euros” no Laboratório de Química.
O investimento visou a aquisição “de mais equipamento para analisar o maior número de amostras pelos métodos rápidos (NIR)”, permitiu aumentar “a capacidade de refrigeração para as amostras rececionadas” e possibilitou ainda “outras melhorias no laboratório”, disse a mesma fonte.
De acordo com a ACOS, também a equipa do laboratório, que funciona durante todo o ano, vai ser reforçada a partir de meados de outubro, “como resposta ao gradual aumento de pedidos de análises”.
As análises, sublinhou, não só apoiam na determinação do momento ideal para a colheita da azeitona, mas servem para avaliar o rendimento e a qualidade (acidez) das azeitonas, apoia na calibração de equipamentos de métodos rápidos (NIR) e determinar as perdas de azeite no bagaço e o seu teor em caroço.
“O laboratório é também muito procurado para a determinação da qualidade e pureza do azeite, assim como para análises que são necessárias para a sua exportação”, destacou.
No comunicado hoje divulgado, a associação referiu que está a implementar um painel de provadores de azeite, um projeto que está a avançar com a colaboração do Centro de Biotecnologia Agrícola e Agroalimentar do Alentejo (CEBAL).
“O painel de provadores, que deverá começar a funcionar em 2025, é uma necessidade do setor, tanto a nível regional, como a nível nacional”, sustentou.
E, “com mais este serviço, a ACOS dá mais um passo no alargamento do número de análises disponíveis no Laboratório de Química”, pode ler-se.
Os serviços do Laboratório de Química da ACOS são abertos a quem deles precisar, desde olivicultores, lagares, exportadores e até consumidores finais que pretendem saber a qualidade do azeite que compram ou consomem.
O laboratório recebe amostras de azeitona, azeite, bagaço de azeitona e óleo de bagaço de azeitona provenientes de todo o país.