A maior parte dos produtos teve uma diminuição de preço desde a entrada em vigor da medida, mas há alimentos que estão mais caros. Deco reconhece impacto, mas diz que ficou aquém das necessidades.
Dois meses depois da entrada em vigor da isenção do IVA no conjunto de 46 alimentos considerados essenciais, o balanço global aponta para uma descida generalizada dos preços. Mas o cenário não é igual em todos os produtos: muitos viram o preço descer, mas alguns ficaram mais caros desde a aplicação da medida.
O cabaz de alimentos com IVA zero monitorizado pela Deco Proteste mostra que a isenção, anunciada em Março e executada a partir de 18 de Abril, contribuiu para uma descida generalizada dos preços dos bens visados. Segundo a actualização mais recente, de 14 de Junho, o preço do conjunto de 41 produtos monitorizados era de 129,19 euros, menos 9,58 euros que na véspera da aplicação da medida.
Face a este número, que se traduz numa redução de 6,9%, Rita Rodrigues, da Deco Proteste, reconhece ao PÚBLICO que a medida “teve o impacto desejado” de um ponto de vista superficial, tendo em conta todos os produtos do cabaz. A porta-voz da associação nota, no entanto, que os consumidores “não compram todos estes produtos” e que cada pessoa tem hábitos diferentes. Uma vez que há alimentos do cabaz IVA Zero que estão agora mais caros que antes da entrada em vigor da medida “ou que diminuíram menos que a redução do IVA”, o impacto real da medida fica “aquém das necessidades dos consumidores”. […]