Menos de 24 horas depois da assinatura de um acordo entre Governo, a associação que representa a grande distribuição e a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), a outra confederação do sector, a CNA, diz que “não passa cheques em branco”
A Confederação Nacional da Agricultura (CNA), que representa sobretudo a pequena e média agricultura familiar, que constituem mais de 90% das explorações agrícolas do país, afirma que não “passa cheques em branco” e que, por isso, não subscreveu o “Pacto para a Estabilização e Redução de Preços dos Bens Alimentares”, leia-se IVA zero para um cabaz de 44 produtos alimentares considerados essenciais.
O acordo para a eliminação do IVA naqueles bens de primeira necessidade foi assinado ontem, segunda-feira, em Lisboa, pelo Governo, pela Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) – que representa as maiores empresas do sector, e ainda pela Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição APED).
Em comunicado distribuído esta terça-feira, a CNA explica que na origem da sua decisão estão razões que vão desde a “ausência de um compromisso sério por parte do Governo em afrontar o poder da grande distribuição e dar resposta aos problemas que afetam a agricultura, até à quebra unilateral das negociações pelo Governo, que, a meio do processo, arredou da mesa das negociações a CNA e os parceiros sociais da PARCA – Plataforma de Acompanhamento das Relações na Cadeia Agroalimentar, para fechar um acordo ‘em directo’ com apenas dois representantes dos setores envolvidos”.
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