O bispo da Guarda questiona a eficência da Proteção Civil em matéria de combate às chamas e “quem ganha” com os incêndios florestais, perante os incêndios que voltaram a assolar o centro do país.
“Não sei o que fazem a proteção civil e os nossos meios, mas porque é que isto acontece. Havendo mão criminosa porque é que não há coragem de ir ao fundo das questões?”, disse D. Manuel Felício durante uma peregrinação à Terra Santa com meia centena de catequistas da diocese, citado pelo site do Secretariado Nacional de Educação Cristã.
“Por este andar tudo se destrói e para bem que quem? Deixo a questão. Quem ganha com isto? Doí-me ver as pessoas a sofrer, é tremendo”, acrescentou.
O bispo denunciou ainda “o esquecimento do interior” por parte “das autoridades”. “Fala-se muito, apresentam-se propostas feitas, mas quando se trata de passar da teoria à prática nada acontece. Abordam-se medidas de discriminação positiva para com as populações do interior, mas nada passa do papel. Acaba sempre por se investir em medidas eleitoralistas”, explicitou.
D. Manuel Felício recordou que a “Cáritas diocesana da Guarda continua a apoiar a reconstrução das casas na região onde de perderam cinco vidas”, lamentou.
Desde sábado que as chamas não dão tréguas aos bombeiros em Vila de Rei e que afetam também Mação. No balanço da manhã, o Comandante Operacional de Agrupamento Distrital do Centro Sul (CADIS) disse que 90% do fogo estava em resolução.
De acordo com o balanço do INEM, até ao momento foram assistidas 39 pessoas, das quais 16 foram encaminhadas para unidades de saúde. Do total de feridos, apenas dois são civis.
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