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– 30-11-2004 |
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Incêndios : Serra de Grândola acolhe projecto pioneiro de restauro do sobreiralGrândola, Setúbal, 29 Nov O World Wide Fund for Nature (WWF) e o Centro de Biologia Ambiental da Faculdade de Ciências de Lisboa são os parceiros desta iniciativa, que envolve ainda a Associação de Desenvolvimento do Litoral Alentejano e uma empresa florestal (Micoflora). O projecto é apresentado terça-feira, durante a visita de uma comitiva do WWF-MedPo (Programa para o Mediterrâneo) à Herdade da Ribeira Abaixo, onde está instalado o Campo de Demonstração de Técnicas de Gestão do Sobreiral. Além de elementos de vários países, a visita conta com a presença de representantes dos governos de Marrocos e da Tunísia, países que também acolhem projectos do WWF-MedPo, do Centro de Biologia Ambiental, parceiros locais, Direcção Geral de Recursos Florestais, Instituto Nacional da Água e IDHRA – entidade responsável pela gestão da herdade. Luís Silva, do WWF e responsável pelo projecto do sobreiro em Portugal, explicou hoje à Agência Lusa que a intervenção na herdade recorre a técnicas de restauro que possibilitam a melhor recuperação do ecossistema da serra de Grândola atingido pelo fogo, comum ao Sul do País e marcado pela floresta mediterrânica. "A grande diferença neste projecto é que estamos a trabalhar sobre o ecossistema como um todo e não apenas limitados a uma determinada espécie de árvores", realçou. Normalmente, segundo Luís Silva, a gestão florestal é orientada especificamente para o sobreiro, o pinheiro-manso ou o eucalipto, sem garantir o restauro das restantes espécies atingidas, danificadas ou destruídas nesse ecossistema. "Aqui, é importante garantir a componente económica em termos florestais, neste caso através da reflorestação dos sobreiros, mas também fazer o acompanhamento do restauro de outras espécies", frisou. O projecto intervém, assim, sobre parcelas florestais, num total de 20 hectares, com coberto arbóreo degradado, onde é necessário proceder à recuperação do arvoredo existente e ao seu adensamento. Para tal, segundo a documentação consultada pela Lusa, recorre-se a técnicas de melhoramento de solos, selecção da vegetação espontânea e adensamento do coberto arbóreo, obedecendo a um perfil de reposição de habitats. As necessidades de compartimentação do espaço, diversidade biológica, protecção das linhas de água, assim como zonas de refúgio e de alimentação para fauna, são critérios respeitados. No âmbito desta intervenção, acrescentou outra representante do WWF, Ângela Morgado, foram plantadas nas parcelas florestais cerca de dez mil plantas de sobreiros, azinheiras, medronheiros, pinheiro-manso e amieiros, além de 7.500 bolotas de carvalho português. "O projecto privilegia a plantação de espécies com menor apetência para o fogo, para proteger o sobreiral, e que possibilitam o envolvimento das comunidades locais e a manutenção de actividades tradicionais, como o pastoreio do gado, apanha do medronho ou apicultura", acrescentou. A curto prazo, o WWF e a Comissão de Reflorestação preparam-se para lançar um projecto de restauro ecológico de recuperação das áreas ardidas no Sul do País, que terá por base as técnicas e os métodos que estão a ser aplicados na Herdade da Ribeira Abaixo. "Alguns responsáveis da Comissão de Reflorestação também vão integrar a visita e o cenário sobre o qual estamos a trabalhar passa pelo alargamento deste restauro ecológico às outras áreas ardidas do Sul, que integram o «Cordão Verde»", disse Ângela Morgado. O projecto da Herdade da Ribeira Abaixo é realizado no âmbito do Projecto "Cordão Verde", do WWF, um território desde Grândola até Monchique (Algarve), assumido como unidade de paisagem, e que pretende inverter as tendências de degradação ambiental e contribuir para a melhoria das condições de vida das populações. "Graças a este projecto, poderemos combinar estratégias e partilhar métodos para que a reflorestação se constitua como um processo rigoroso em que o objectivo principal deverá ser dotar a floresta de condições e características que diminuam o risco de incêndios, promovendo-se uma utilização racional da floresta", frisou Luís Silva.
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