Os 10 concelhos do Alto Minho vão contar, no período crítico dos incêndios florestais com um dispositivo de 439 operacionais, 102 veículos e, dois meios aéreos, disse hoje o comandante Operacional Distrital de Viana do Castelo.
Contactado pela agência Lusa, a propósito da apresentação, na quarta-feira, em Monção, do Plano Operacional Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Alto Minho, Marco Domingues, referiu que aquele dispositivo integra meios dos bombeiros, sapadores florestais, unidades locais de proteção civil, GNR, unidade de emergência, proteção e socorro e, equipas de vigilância, dissuasão, deteção e combate aos incêndios.
Marco Domingues adiantou que àquele dispositivo, que estará em prontidão a partir de 01 de julho, juntam-se, a partir de 01 de junho, duas aeronaves, sedeadas no Centro de Meios Aéreos, em Arcos de Valdevez, concelho onde ficará instalada uma brigada de reforço de combate a incêndios florestais de Lisboa”.
Composta por 16 operacionais e cinco veículos, aquela brigada opera no distrito de Viana do Castelo desde 2017. Este ano, vai iniciar funções a 01 de julho e, até 30 de setembro, havendo a possibilidade de prorrogação daquele prazo, até 15 de outubro.
“É com este dispositivo que termos trabalhado nos últimos anos e, temos tido resultados positivos. No caso de ser insuficiente para responder ao número de ocorrências que possam vir a surgir, poderemos sempre contar com o apoio de meios de todo o país”, destacou Marco Domingues.
O comandante Operacional Distrital de Viana do Castelo, adiantou que até agora, a região contabilizou 139 incêndios que destruiriam 536 hectares de floresta.
Arcos de Valdevez, com 50 fogos e 163 hectares consumidos é o concelho que lidera a lista os municípios mais afetados.
Marco Domingues sublinhou que, comparativamente a período homólogo de 2023, o número de ocorrências e área ardida diminuiu “muito”.
“No mesmo período de 2023, registaram-se 336 ocorrências, com mais de mil hectares consumidos”, destacou.
O responsável referiu que a chuva “quase persistente” que tem caído nos últimos meses ajudam a explicar a redução do número de incêndios nos primeiros quase seis meses de 2024.
Por outro lado, enfatizou, a pluviosidade registada nos últimos meses pode vir a causar maior preocupação aos agentes da proteção civil uma vez que a vegetação atualmente em crescimento vai transformar-se em combustível no verão.
“Esta situação preocupa-nos muito”, referiu.
Marco Domingues prevê uma época de muito trabalho para os agentes da proteção civil.
“Tudo depende das condições meteorológicas, da ação humana, mas vamos ter um verão de bastante trabalho”, frisou.
Com uma área total de 222 mil hectares, o distrito de Viana do Castelo tem 208 freguesias, 99 das quais (8,9% do total do país) consideradas prioritárias na prevenção de fogos florestais e onde estão identificados 1.185 lugares prioritários.