O aeródromo de Portimão conta desde quinta-feira com dois aviões do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais do Algarve, após ter sido instalado na estrutura um centro de meios aéreos da Proteção Civil, anunciou hoje o município.
A Câmara de Portimão destacou a importância de contar com os dois aviões médios “Fireboss” no concelho e indicou que os dois meios aéreos de combate aos fogos rurais estão aptos para operar desde dia 01, quinta-feira, no Centro de Meios Aéreos da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil que foi preparado com apoio logístico do município.
O apoio logístico da autarquia algarvia “assegura todas as condições para que estas aeronaves especiais operem pela primeira vez no Algarve” e “o incremento da capacidade de resposta do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR), em particular nos incêndios que não são debelados na fase inicial”, precisou a Câmara de Portimão num comunicado.
A mesma fonte garantiu que as duas aeronaves vão funcionar “em plena harmonia com as demais atividades que decorrem nesta infraestrutura aeronáutica”, como a “carreira aérea regular que atravessa diariamente o país” e liga o sul ao norte de Portugal ou o “paraquedismo, que já assumiu uma importância turística para o barlavento algarvio, com reflexos muito positivos para o tecido económico local”.
Segundo a mesma fonte, neste estão em curso obras de melhoramento e adequação das condições de segurança, o que no futuro permitirá acolher um maior número de aeronaves de emergência e proteção civil, mantendo a capacidade do Aeródromo Municipal de Portimão para as dinâmicas dos cerca de 1.200 movimentos mensais que se têm registado.
O município algarvio adiantou que as obras de melhoramento vão aumentar o espaço de parqueamento disponível no aeródromo, “cumprindo escrupulosamente as exigentes regras da Autoridade Nacional de Aviação Civil, que licenciou recentemente esta infraestrutura, pela primeira vez, para um período de cinco anos”.
“Os Fireboss são aeronaves anfíbias monomotor de turbina com dois flutuadores, têm capacidade para transportar 3.000 litros de água e espumífero, e trabalham em parelha, reabastecendo em lençóis de água com 731 metros (scooping)”, quantificou a autarquia.
A Câmara de Portimão indicou ainda que estes aparelhos deslocam-se em pistas com um mínimo de 300 metros descarregado e 810 metros carregado, podendo realizar descargas parciais de água, espumífero ou retardante na linha de fogo dos incêndios, e atingir uma velocidade em operação de 270 Km/h, com um tempo de descolagem até 10 minutos.
“No aeródromo, é ainda garantida a capacidade de reabastecimento de combustível, que no caso da parelha são 2.500 litros por missão de cerca de três horas”, completou o município, frisando que o centro de meios aéreos da Proteção Civil no aeródromo de Portimão tem também “as condições para albergar as tripulações das aeronaves e todos os espaços essências à sustentação da operação”.