Para o CEO do BPI são os bancos que vão pagar uma parte importante desta fatura da transformação ESG imposta pela regulação mas sem qualquer benefício
“Em termos de ESG existe ainda muito por fazer para o reconhecimento desses scores e ratings porque não existe uniformização, um controle muito grande, e portanto pode haver algum greenwashing por parte dos emitentes”, sublinhou Mário Bolota, presidente executivo do Banco BiG, durante o painel “Finanças Sustentáveis: Como a banca traça o caminho da sustentabilidade?” da Grande Conferência Negócios Sustentabilidade 20|30, que decorre hoje, em Cascais e em streaming.
Para Mário Bolota este controlo cabe aos governos e aos supervisores financeiros e admite que “já foi feito um esforço em termos de taxinomia, mas tem de se fazer um pouco mais em termos de classificação das tipologias de risco e classificação e valorização de critérios ESG”.
João Pedro Oliveira e Costa, CEO do BPI, mostrou-se de acordo com os critérios de ESG mas considera que o busílis está na forma como se chega, “não é se estamos de acordo mas a execução”. Considera que os bancos vão trabalhar pro bono para fazer esta grande mudança porque “vão fazer uma transformação enorme na sua estrutura para cumprir um conjunto enorme de regulação. Diz-se que não é uma corrida de 100 metros, mas os stress testes são em junho”.
Para João Pedro Oliveira e Costa, a banca tem “de fazer um investimento gigante, o que estamos a fazer, mas sem nenhum benefício, e até convinha que tivéssemos algum benefício neste processo […]