Prevista subida de 60% do investimento na investigação do setor agroalimentar até 2030.
Inovar e investir. Estas são as duas palavras de ordem da Agenda de Inovação para a Agricultura, um plano estratégico para os próximos dez anos, aprovado na passada quinta-feira em Conselho de Ministros e apresentado esta sexta-feira no Cartaxo, pela ministra Maria do Céu Antunes.
Com este plano, o Governo pretende instalar 80% dos jovens agricultores no Interior, em zonas de baixa densidade. Estes jovens vão poder receber apoios financeiros, através de dois prémios, num valor total de dez milhões de euros.
As outras metas passam por aumentar em 15% a produção agroalimentar, subir 60% o investimento na investigação e desenvolvimento deste setor, e fazer crescer 20% o nível de adesão à dieta mediterrânica, por estar “comprovado o quão importante é para o bem-estar e a saúde das pessoas”, afirmou Maria do Céu Antunes.
Vai ainda ser criada uma rede de inovação com 24 polos, aproveitando as infraestruturas e os laboratórios dispersos pelo País “e que estão obsoletos”.
O primeiro-ministro, António Costa, que esteve também na apresentação do plano estratégico, considerou a inovação na agricultura essencial, e sublinhou que “o digital é tão importante como a enxada”.
PORMENORES
Défice alimentar
Segundo o primeiro-ministro, foi graças à inovação que Portugal reduziu, na última década, em cerca de 400 milhões de euros por ano o défice alimentar e que viu crescer as exportações no setor agroalimentar, em média, 5% por ano.
Construção do plano
A Agenda de Inovação para a Agricultura 20/30 foi construída tendo por base o Programa do Governo e ouvindo vários agentes do setor agroalimentar, do desenvolvimento local, produtores, empresários, autarcas, investidores, parceiros e organismos.