Os sistemas agrivoltaicos são verdadeiramente inovadores porque dão uma resposta positiva ao dilema do uso do solo: no mesmo espaço, torna-se possível produzir energia solar e alimentos.
OInventário Nacional de Emissões de 2021, que a Agência Portuguesa do Ambiente divulgou há algumas semanas, não deixa margem para dúvidas: Portugal está no caminho certo para atingir a neutralidade carbónica, mas está a caminhar mais devagar do que seria esperado.
Segundo este relatório, Portugal conseguiu reduzir em 2,8% as suas emissões de gases com efeito de estufa de 2020 para 2021, atingindo uma redução acumulada de 34,8% face a 2005. Porém, para alcançar a meta de redução de 55% em 2030, o país terá de ser duplamente ambicioso e começar a reduzir as suas emissões em 4% ao ano.
Para atingir este objetivo, o setor privado é especialmente importante, já que será chamado a multiplicar por quatro o investimento que tem vindo a fazer, segundo a Agência Internacional para as Energias Renováveis. Isto implica avançar com soluções mais inovadoras, audazes e capazes de maximizar a produção renovável ao mesmo tempo que criam o máximo de benefício para as populações locais.
Projetos híbridos, que permitam combinar a produção de energia limpa com práticas agrícolas, podem ser assim soluções importantes. Neste aspeto, os sistemas agrivoltaicos são verdadeiramente inovadores porque dão uma resposta positiva ao dilema do uso do solo: no mesmo espaço, torna-se possível produzir energia solar e alimentos.
Isto é de tal forma relevante que, se apenas 1% do solo que hoje está dedicado à agricultura passasse a combinar também a produção de energia solar, seria possível assegurar toda a energia que é consumida no planeta. Estamos a falar de mais de […]