Florestas : Governo quer dignificar carreira dos guardas florestais

Os guardas florestais passam a depender em Fevereiro, exclusivamente, da Direcção Geral dos Recursos Florestais (DGRF), que substitui a Direcção Geral das Florestas (DGF), numa alteração que "constitui um ganho" para aqueles profissionais, anunciou João Alves Soares.

O governante falava no Centro de Operações e Técnicas Florestais, na Chã do Freixo, Lousã, numa cerimónia em que tomaram posse 33 novos guardas florestais.

Em declarações à Agência Lusa, João Soares disse que respondeu, há alguns dias, a uma carta em que a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores da Função Pública manifesta preocupações quanto ao futuro da Guarda Florestal.

Na sua opinião, o novo enquadramento legal do corpo da Guarda Florestal não compromete o seu estatuto nem permite "alguma minimização" destes profissionais, como acontecia num "passado recente".

Perante os 33 novos guardas, João Soares recordou que a existência de uma "dupla tutela" (DGF e direcções regionais de Agricultura) era uma das queixas deste corpo policial, que vai passar a responder perante uma única entidade, a DGRF.

Na resposta à Federação da Função Pública, cujos sindicatos representam a maioria dos guardas florestais, João Soares garantiu que o estatuto de Polícia Florestal não será prejudicado pelas alterações legislativas efectuadas pelo Governo.

Segundo o governante, o recrutamento de novos guardas florestais, que rondarão uma centena até final de 2004, visa contrariar a "tendência dos últimos anos" de decréscimo do número de efectivos da corporação e o seu rejuvenescimento.

A idade média dos actuais 512 elementos da Guarda Florestal, cujo quadro dispõe de 1.200 lugares, é de 48 anos.