Evolu��o da balan�a de pagamentos do sector do leite e Lactic�nios entre 2000 e 2008 D�fice atingiu 227,1 milhões de euros em 2008
Portugal, ao nível. do consumo, apresenta capita��es substancialmente inferiores � média da União Europeia na manteiga e nos queijos, e valores muito próximos nos produtos frescos (leites fermentados) e leite l�quido. O consumo tem evolu�do positivamente nos produtos frescos tendo, no que respeita ao leite e aos queijos, estagnado nos �ltimos anos.
O diferencial observado nas capita��es de queijo e manteiga resulta essencialmente dos h�bitos alimentares. No caso da manteiga, justifica-se pela sua tradicional utiliza��o na confec��o de alimentos (fritura), principalmente no Norte da Europa. Para além disso, tendo em conta o aumento das prefer�ncias dos consumidores a favor dos produtos magros, bem como as recentes pol�ticas de combate a obesidade, não � expect�vel registarem-se quaisquer aumentos relevantes no futuro, sendo que nos queijos existe ainda alguma margem de progressão.
Portugal regista um grau de auto-sufici�ncia superior a 100% nas bebidas � base de leite e na quase generalidade dos produtos com menor grau de diferencia��o/valor acrescentado, tais como o leite de consumo (107%) e, em particular, na manteiga (139%) e no leite em p� gordo e meio gordo (137%). Contrariamente, o nível. de auto-sufici�ncia nos produtos de alto valor acrescentado apresenta valores muito baixos (78% no queijo e 45 % nos leites fermentados), o que influencia decisivamente o comportamento da balan�a comercial.
Ao nível. do com�rcio externo, o conjunto de produtos l�cteos apresenta um elevado d�fice da balan�a comercial, que triplicou nos �ltimos 9 anos, atingindo, no ano de 2008, os 227,1 milhões de euros.
Este comportamento resulta do desequil�brio existente ao nível. do perfil dos produtos entrados e sa�dos, predominando, no caso das sa�das, os produtos de baixo valor como a manteiga e o leite e natas em natureza e concentrado.
Apesar da import�ncia das sa�das, em volume, de leite em natureza e manteiga, cujas quantidades representam uma percentagem muito significativa da produ��o nacional (cerca de 20% e 38%, respectivamente), as vendas para o exterior representam apenas cerca de 7% do valor total, sendo o espaço comunitário o destino principal das sa�das, com excep��o do queijo Observatério dos Mercados Agr�colas e das Importa��es Agro-Alimentares OMAIAA � Novembro de 2009 – 3 – onde existe alguma coloca��o em países terceiros como Angola e para o mercado espec�fico da emigra��o nos EUA.
O crescimento nas entradas de produtos de alto valor acrescentado, como os queijos e os leites fermentados, que registaram aumentos entre 2000 e 2008 de 97% e 113%, respectivamente, justificam em grande parte a evolu��o do saldo ao longo dos �ltimos anos, sendo que estes dois produtos são respons�veis por mais de 70 % do valor total.
O principal parceiro comercial � a Espanha, representando este mercado cerca de 50% do valor total das trocas (65% das sa�das e 50% das entradas). Cerca de 20% da produ��o nacional de leite e nata em natureza tem como destino o mercado externo e o valor destas sa�das totaliza cerca de 55% do total do sector. Tal como j� referido anteriormente, a Espanha afigura-se como sendo a principal origem da quase generalidade do leite e produtos l�cteos entrados em Portugal, sendo substitu�da pela B�lgica no caso da manteiga, sendo Também de destacar o peso da Alemanha e da Fran�a nos queijos.
De salientar a tend�ncia crescente registada nas entradas de queijos a pre�os muito competitivos tais como o Brie, Cheddar, Gouda, Roquefort, Emmental e Camembert, o que demonstra a apet�ncia dos consumidores para a aquisi��o de novas gamas de produtos. Igual comportamento tem sido observado nos queijos Edam, onde o efeito de substitui��o com base no factor pre�o assume maior relev�ncia, dada a sua semelhan�a com as caracterásticas do perfil do queijo nacional (flamengo -tipo Edam).
Face ao exposto, e tendo presente o excedente de manteiga que, anualmente, � escoado para a União Europeia, bem como a forte liga��o existente entre o mercado franc�s e o espanhol, onde marcam presença grandes multinacionais, pode-se concluir da forte interdepend�ncia entre o mercado nacional e os restantes mercados comunitários, das repercuss�es no equil�brio do mercado interno que as din�micas registadas ao nível. do mercado comunitário implicam.
Neste contexto, a �especializa��o� da ind�stria nacional nos leites l�quidos está relacionada com o car�cter perif�rico do nosso mercado (produto de proximidade e consequentemente menos sujeito press�es externas). No caso da manteiga, as expedi��es/exporta��es decorrem menos de uma voca��o comercial e mais da necessidade de escoamento de um produto excedent�rio, com base no factor pre�o.
Apresentamos, de seguida, graficamente a evolu��o, em volume e valor, das entradas e sa�das de leite e lactic�nios entre os anos de 2000 e 2008.
Fonte: OMAIAA
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