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– 30-07-2004 |
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Comércio : OMC optimista sobre negociações apesar de impaciência entre delegados
Genebra, 29 Jul A divulgação de uma revisão do texto da OMC de 19 de Julho, com base nos debates dos últimos dias, já só deverá ter lugar apenas na sexta-feira de manhã, três dias depois do inicialmente previsto, segundo fonte diplomática europeia. O atraso na divulgação do texto forçou já o adiamento para a manhã de sexta-feira de uma reunião do Conselho dos Assuntos Gerais da UE, inicialmente marcada para a tarde de hoje e que acabou substituída por um encontro "informal", no qual a delegação portuguesa foi liderada pelo secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Mário David. Tim Groser, o neo-zelandês que tem a complexa tarefa de unir as diversas opiniões e preparar o rascunho agrícola, explicou hoje sentir-se melhor relativamente às diferenças existentes entre as várias delegações, notando progressos em temas como subsídios a exportações, auxílio alimentar e tratamentos diferenciais. "Penso que há uma verdadeira oportunidade de salvar a ronda de Doha", sublinhou, frisando que estão a decorrer contactos paralelos sobre o complexo problema do algodão. Quando concluído, o texto agrícola será incorporado num pacote global sobre a ronda negocial e distribuído a todos os 147 membros da OMC antes de uma reunião alargada dos líderes de todas as delegação que se encontram em Genebra. Numa nota de imprensa divulgada ao final da tarde de hoje, o director-geral da OMC, Supachai Panitchpakdi, saúda o que diz ser um acordo de principio no texto agrícola conseguido depois de extensos contactos entre um quinteto de representantes – UE, Estados Unidos, Brasil, Índia e Austrália. Para Supachai, esse acordo é "bem-vindo" e constitui uma participação significativa nos contactos de Genebra que se esperava poderem estar concluídos até ao final de sexta-feira mas que agora se podem arrastar pelo fim-de-semana. Na nota, Supachai relembra porém que "nenhum acordo-quadro é possível sem consenso de todos os membros da organização". Apesar do optimismo, contudo, o facto de a reunião paralela do quinteto ter contribuído, na opinião de alguns representantes, para os atrasos verificados, provocou já várias críticas de delegações de vários países, incluindo da própria Suíça. Hoje os delegados dos "cinco" passaram o dia a tentar explicar o acordo, em reuniões bilaterais, com outras delegações dos 147 membros da OMC, pretendendo assim cimentar um possível consenso. A própria OMC admite no entanto, depois de uma reunião de líderes de várias delegações, que vários países se queixaram já sobre o modelo dos contactos, afirmando que não deixarão que a pressão do calendário os force a um acordo negativo, indicando ao mesmo tempo que ainda serão necessárias consultas às respectivas capitais. Sem texto final, e com uma gama variada de contactos paralelos a decorrem, à margem das reuniões formais da OMC, várias delegações passaram hoje o dia a reafirmar aos jornalistas e entre si, a sua posição, procurando formar novos grupos que possam arrancar uma ou outra mudança aos componentes do texto já conhecidos. Todas as negociações decorrem num ambiente de crescente tensão e críticas, mais ou menos públicas. Fontes diplomáticas temem que a Suíça e outras nações possam concretizar uma ameaça velada deixada hoje pelo principal negociador de Berna, Luzius Wasescha, que criticou o modelo de negociações que tem vindo a ser seguido. "É catastrófico. Os cinco consideram-se os líderes do mundo e não são. Nem sequer são capazes de negociar como deve ser", declarou aos jornalistas, lembrando a necessidade de consenso entre os 147 membros da OMC. Instado a comentar a opinião dos estados que não participam no diálogo a cinco, o representante suíço referiu-se à "frustração total" de muitos deles, avisando até que isso "pode ter um preço a pagar", quando for divulgado o texto. Qualquer texto requer o consenso de todas as delegações. Continua igualmente por haver fumo branco nas negociações quanto ao acesso aos mercados para produtos não-agrícolas, questão que se afigura actualmente como uma das que causará mais diferendos nas negociações. Um negociador do grupo G-20 de países em desenvolvimento explicou à Lusa que representantes de nações africanas e asiáticas continuam a discordar de aspectos do texto que abrange os produtos não- agrícolas.
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