Perante o aumento dos preços da energia e do gasóleo com a guerra da Rússia na Ucrânia, países exportadores de fertilizantes e milho, a Confederação dos Agricultores de Portugal diz que há “stocks” para alimentar os animais durante um mês, mas exige medidas imediatas da Comissão Europeia, tal como aconteceu na aquisição das vacinas contra a covid-19. O Ministério da Agricultura emitiu uma nota a sublinhar que “não há, à data, qualquer motivo que faça antever a possibilidade de escassez de alimentos”, mas reconhece que os preços estão a subir.
Os operadores de panificação já alertaram para o inevitável aumento do preço do pão, os produtores de leite reclamaram “medidas urgentes” para atualizar o preço pago à produção e alguns supermercados já estão a racionar a venda de óleo de girassol. Esta sexta-feira, a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) admite que, daqui a um mês, podem faltar rações para os animais, caso a Comissão Europeia (CE) não tome medidas já.
“Não vale a pena as pessoas irem a correr para os supermercados, é completamente descabido, porque não se admite que na Europa vá haver essa falta de produtos”, afirma Luís Mira, secretário-geral da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), quando questionado pelo JN sobre uma eventual carência e racionamento de produtos para os consumidores portugueses, no âmbito da guerra da Rússia na Ucrânia. […]