O líder e deputado do Chega/Açores, José Pacheco, defendeu hoje um “adequado transporte” marítimo de mercadorias da ilha de Santa Maria, para escoar produtos como a meloa, produto de Identificação Geográfica Protegida.
José Pacheco, citado em nota de imprensa, considera que “é preciso um adequado transporte marítimo de mercadorias” e que é necessário “tratar disto imediatamente e não para o ano”.
José Pacheco, que esteve hoje reunido com a direção da Cooperativa AgroMariense, refere que esta “é uma dificuldade com que as ilhas mais pequenas do arquipélago se debatem e que, no caso da ilha de Santa Maria, coloca em causa a própria qualidade de um dos produtos de excelência: a meloa”.
De acordo com o dirigente, a meloa de Santa Maria, produto de Identificação Geográfica Protegida, “é um produto âncora, de excelência e de qualidade, que tem sido colocado em causa por causa do escoamento”.
Segundo o Chega/Açores, as empresas de transporte marítimo “nem sempre adequam as passagens pela ilha consoante as necessidades de quem produz e exporta” e, por outro lado, “falta articulação entre os vários operadores de transporte marítimo nas várias ilhas”, bem como existe “falta de articulação do avião cargueiro”.
José Pacheco considera que, no caso da meloa de Santa Maria, a solução poderá passar até “por uma parceria com o transporte já existente, da empresa Pareces”, embora também possa beneficiar com o avião cargueiro.
“Continuo sem perceber porque o Governo Regional [de coligação PSD/CDS-PP/PPM] ainda não veio falar com os empresários sobre o cargueiro aéreo. Não sei se o Governo Regional está à espera que o cargueiro passe a ser um fiasco. Gostava que o cargueiro servisse os açorianos, mas sem diálogo não vai funcionar”, afirma.
A meloa de Santa Maria é produzida de junho a setembro e anualmente são comercializadas 120 toneladas, mas a Cooperativa AgroMariense acredita que, havendo um bom escoamento do produto, a produção de meloa pode duplicar para cerca de 300 toneladas por ano.
“A meloa de Santa Maria tem de ser defendida e valorizada”, insiste José Pacheco, considerando que este produto de excelência “deve ser um orgulho para todos os açorianos”.
Segundo a Cooperativa AgroMariense, para além da meloa, também a carne, nomeadamente o gado vivo, e até o peixe, têm problemas de escoamento, sendo ainda necessário melhorar as condições do matadouro de Santa Maria, através de máquinas de frio, bem como melhorar capacidade de armazenamento de carcaças e as condições da sala de desmancha.
José Pacheco está de visita a Santa Maria e tem previstas várias reuniões, para além do encontro com Cooperativa AgroMariense, tais como com a Associação Regional de Criadores de Caprinos e Ovinos dos Açores (ARCOA).