Originalmente, em 2018, o Governo traçou uma meta: uma taxa de autoprovisionamento de 40% até 2023, que, na altura, era de 23%. Agora, o ministério da Agricultura volta a fixar o número em 40% para daqui uma década – e a autossuficiência do país caiu para metade durante este período.
Portugal está longe das metas de autoaprovisionamento de cereais que propôs para 2023. A Estratégia Nacional para a Produção de Cereais, aprovada pelo Governo em 2018, previa um grau de autossuficiência em cereais de cerca de 40% (correspondendo a 80% no caso do arroz, 50% no milho e 20% noutros cereais) no prazo de cinco anos. Passaram quatro e, em vez de uma aproximação ao objetivo, houve um afastamento: quando a estratégia foi aprovada, em 2018, os níveis de autoaprovisionamento de cereais rondavam os 23%. Agora, estão em 10%, ou seja, caíram para menos de metade.
Nas últimas décadas, a área de produção de cereais também diminuiu. No final dos anos 80 existiam cerca de 900 mil hectares de produção cerealífera, em 2016 eram 257 mil, em 2019 eram 223 mil e em 2021 perto de 215 mil (dois terços no Alentejo). […]