Cerca de 700 pessoas foram retiradas desde a última madrugada de várias localidades da Extremadura espanhola, numa zona de fronteira com Portugal, por causa de um incêndio que as autoridades locais dizem estar descontrolado.
O incêndio deflagrou na quarta-feira à noite na comarca de Hurdes e alastrou para a de Serra de Gata, ambas na província de Cáceres, com as chamas a afetarem zonas que estão a poucas dezenas de quilómetros da fronteira com Portugal (na região da Beira Baixa).
Segundo as autoridades espanholas, o incêndio está fora de controlo por causa do vento e já queimou pelo menos 2.500 hectares de terreno.
Esta sexta-feira de manhã estavam a combater as chamas 275 pessoas, incluindo uma unidade militar, apoiadas por diversos equipamentos no terreno e 14 meios aéreos.
A situação era hoje de manhã “francamente difícil”, disse o presidente do governo regional da Extremadura, Guillermo Fernández Vara.
“O vento está a ser um cruel inimigo, as rajadas de vento de 50 e 60 quilómetros hora num incêndio com estas características dificultam enormemente a extinção”, afirmou em declarações a meios de comunicação locais.
Segundo a previsão meteorológica para hoje, nesta região continuarão as rajadas de vento consideradas fortes e as temperaturas máximas não superarão os 25 graus.
Espanha, como a generalidade do sul da Europa, enfrenta um novo ano de seca e registou nas últimas semanas temperaturas historicamente elevadas para a época.
Coincidindo com a seca e com o calor, Espanha já registou este ano grandes incêndios florestais, como um fogo que queimou pelo menos 4.000 hectares no leste do país no final de março.
No final do mês de março, Espanha registou mesmo uma onda de fogos, com dezenas de incêndios em várias regiões do país.