O país africano enfrenta o sexto ano consecutivo de seca, os especialistas avisam que “esta crise está longe do fim”.
Cerca de 43 mil pessoas morreram no ano passado na Somália devido à seca, metade das quais crianças com menos de 5 anos. Os números foram avançados esta terça-feira pela Organização Mundial de Saúde e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância.
O relatório refere também que mais 18 mil pessoas deverão morrer nos primeiros seis meses deste ano devido à falta de água.
A Somália enfrenta o sexto ano consecutivo de seca, os especialistas avisam que “esta crise está longe do fim”.
A família de Habiba Maow Iman, de 61 anos, é apenas mais uma das afetadas pela seca na Somália, que enfrenta a maior crise dos últimos quarenta anos.
“Ninguém nos ajuda, não temos comida, não temos água, nem roupas ou abrigos. Fugimos da seca, estamos aqui há 158 sem comida nem casa. Todos os dias vou à cidade pedir esmola para que as crianças tenham o que comer”, diz Habiba em entrevista à agência Reuters.
A ONU deixou de publicar números oficiais sobre a crise alimentar na Somália, mas avisa que há mais de 6 milhões de pessoas a passar fome na região do Corno de África.