A Conferência “Alterações Climáticas: Como nos adaptarmos a esta nova realidade?” reuniu 850 participantes (presencial e remotamente) no dia 13 de dezembro revelando a capacidade mobilizadora do Centro Nacional de Competências para as Alterações Climáticas do Sector Agroflorestal (CNCACSA), organizador deste evento.
Durante a iniciativa foi apresentada a Agenda de Investigação e Inovação do CNCACSA, que está organizada em torno de sete eixos estratégicos, 16 objetivos operacionais e 55 medidas de atuação. O documento está disponível neste link.
Ao longo do dia, o setor agroflorestal mostrou como está na liderança da mitigação dos efeitos das alterações climáticas com aplicação de medidas já concretas, nomeadamente de agricultura de precisão e conhecimentos de biologia para colocar a natureza ao serviço da agricultura, essencial a toda a sociedade.
Os intervenientes nesta conferência foram unânimes em concluir que é momento de “passar à ação” porque a segurança alimentar pode ficar em risco. Neste sentido, trabalhar a otimização dos recursos hídricos é prioritário. Sobre a água ficou claro que certas regiões estão numa situação de conforto hídrico. No entanto, há outras a passar por enormes dificuldades, nomeadamente o baixo Alentejo e o Algarve, por isso urge fazer bom uso da água. Para os presentes no evento, a dessalinização, o aproveitamos das águas residuais e transvases do Norte (com maior abundância) para o Sul são projetos que devem avançar rapidamente.
Os agricultores mostraram como estão a preparar o futuro, tornando-se mais resilientes perante as mudanças do clima. O solo e a sua biologia assumem um papel fulcral, permitindo dotar as explorações agrícolas de técnicas que vão colocar a natureza a trabalhar para as produções agrícolas promovendo a biodiversidade. A agricultura de precisão tem trazido eficiência na utilização da água e dos fitofármacos.
O CNCACSA reúne atualmente 70 entidades de todo o país, entre os quais se encontram associações de produtores, a academia, centros de investigação e entidades públicas. Assista ao vídeo institucional do Centro de Competências aqui:
O artigo foi publicado originalmente em Rede Rural Nacional.