Em comunicado, a Cáritas de Coimbra refere que esteve a semana passada com estas populações “com o objetivo de responder às primeiras necessidades” que sentiam após os incêndios que provocaram 64 mortos e mais de 200 feridos.
“Foi montada a logística, entrega de bens essenciais (alimentação, produtos de enfermagem, vestuário e produtos de higiene pessoal) e sinalização das primeiras situações a apoiar”, explica.
Segundo a Cáritas, “em parceria com mais de 100 empresas, instituições, associações e particulares, foram angariados 3.416 produtos de alimentação, 644 produtos de higiene e limpeza, 5.433 produtos de higiene pessoal, 85 unidades de ração para animais (domésticos e gado), 446 unidades de roupa de cama e atoalhados, 1.400 caixas com vestuário, calçado e acessórios, eletrodomésticos e mobiliário, 271 utensílios de cozinha e mais de 6.000 medicamentos e produtos de enfermagem”.
A juntar a estes bens, recebeu donativos em numerário que “ultrapassam já os 900 mil euros”, acrescenta.
No terreno estiveram “mais de 30 técnicos e cerca de 40 voluntários, que visitaram mais de uma dezena de aldeias nos concelhos de Castanheira de Pera, Pedrógão e Figueiró dos Vinhos, apoiando de forma direta 82 pessoas”.
Esta semana, a ação da Cáritas de Coimbra está organizada em três áreas de intervenção: acompanhamento no terreno, receção e encaminhamento de donativos e contabilização de donativos, entidades e pessoas.
“Uma equipa de técnicos da Cáritas de Coimbra está a fazer a visita ao terreno, em estreita colaboração com os párocos, entidades públicas e comunidade, para identificar as necessidades das famílias desalojadas ou que perderam bens, animais e emprego”, explica.
Há também uma equipa de técnicos da Cáritas, apoiada por voluntários, que “continua a receber os inúmeros donativos que chegam de todo o país e estrangeiro, encaminhando, após uma triagem, para as famílias identificadas pelas equipas no terreno ou por entidades parceiras”.
A Cáritas de Coimbra refere estar igualmente a fazer “registo dos donativos em espécie e numerário, dos pedidos de apoio, dos donativos encaminhados e a articulação com entidades dadoras, técnicos e voluntários”.
“As necessidades identificadas no terreno indicam que os produtos que serão necessários em breve são para o recheio da casa”, refere, exemplificando com “mobílias de quarto e sala, fornos, fogões, loiça, mesas, cadeiras, micro-ondas e televisões.