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– 06-12-2005 |
[ Agroportal ] [ Nacional ] |
Ambiente: Quercus prev� recorde de gases poluentes em Portugal este anoMontreal, 06 Dez Os c�lculos da associa��o da conserva��o da Natureza baseiam-se na análise da evolu��o da liberta��o de di�xido de carbono em dois sectores de actividade que representam 55 por cento das emissões totais no Pa�s: a produ��o de electricidade pelas centrais t�rmicas e a venda de combust�veis no sector autom�vel. Ao comparar o volume de emissões de gases poluentes em 2002 – o ano em que Portugal registou o crescimento mais elevado (43,8 por cento acima do ano de refer�ncia de 1990 estipulado no Protocolo de Quioto), esta associa��o verificou que nos primeiros onze meses de 2005 se registou um aumento de 11 por cento nas emissões de carbono provenientes da produ��o de electricidade. J� nas emissões pelo uso de gasolina e gas�leo no sector dos transportes, verificou-se uma descida de 2,3 por cento entre Janeiro e Setembro. Devido � maior pondera��o do peso das emissões na produ��o el�ctrica face ao sector de transportes, a Quercus prev� que, no final do ano, a liberta��o de di�xido de carbono registe novo recorde de crescimento, devendo situar-se "algumas unidades acima de 44 por cento". Em declarações � Agencia Lusa em Montreal, Canad�, Francisco Ferreira, dirigente da Quercus, real�ou que "o ano de 2005 irá marcar definitivamente Portugal em termos de altera��es clim�ticas – um ano de seca, de inc�ndios, e Também o ano recorde de emissões de gases de estufa". "Apesar da situa��o de seca que agravou muito as emissões das centrais t�rmicas, Portugal tem problemas estruturais de que tem de resolver, como seja o aumento excessivo do consumo de electricidade e enorme depend�ncia do autom�vel. Portugal, como j� apontado pela Agência Europeia do Ambiente na passada semana, não está no caminho para cumprir Quioto e � preciso não perder mais tempo para tomar medidas", acrescentou. Francisco Ferreira representa a Quercus – Associa��o Nacional de Conserva��o da Natureza na Confer�ncia da ONU para as Altera��es Clim�ticas, a decorrer na cidade canadiana de Montreal até 09 de Dezembro, sendo a �nica associa��o ambientalista portuguesa presente no evento. Para a Quercus, o aumento das emissões poluentes em Portugal em 2005 � causado sobretudo, pela severa seca verificada ao longo do ano, o que obrigou ao maior recurso das centrais t�rmicas ("alimentadas" a carv�o e a fuel) para a produ��o de electricidade. Esta associa��o ambientalista responsabiliza ainda os sucessivos Governos pela falta de politicas desincentivadoras do uso de autom�veis e falta medidas de racionaliza��o do uso na energia, assim como pol�ticas promotoras da expansão das energias renov�veis em Portugal. Devido � seca no Pa�s, de Janeiro a Novembro de 2005, a produ��o de electricidade via centrais h�dricas caiu 56 por cento face a igual período de 2004, "pelo que as emissões de di�xido de carbono equivalente aumentaram 28 por cento em rela��o ao ano passado", refere. Portugal comprometeu-se no Protocolo de Quioto a reduzir em 8 por cento das emissões de gases com efeito de estufa até 2012 face a 1990. Contudo, nos termos de uma Directiva Europeia, a União Europeia permitiu a Portugal um aumento de 27 por cento das emissões, compensando com redu��es de outros Estados-membros. A par de Portugal, Bruxelas permitiu a mais quatro países dos Quinze o acr�scimo das emissões até 2012: a Gr�cia em 25 por cento, Espanha 15 por cento, Irlanda 13 por cento e Su�cia quatro por cento. A 01 de Dezembro, a Comissão Europeia apresentou, durante a Confer�ncia das Na��es Unidas para as Altera��es Clim�ticas, um relatério onde estima que Portugal registe um aumento das emissões em 42,2 por cento até 2012, o que o tornar� no Estado-membro da União Europeia com pior resultado em termos de crescimento, além de ultrapassar aquele limite de 27 por cento. A previsão do acr�scimo de 42,2 por cento inclui o recurso a "pol�ticas e medidas em curso", "medidas adicionais" e a "utiliza��o dos mecanismos de flexibilidade contidos no Protocolo de Quioto". Se consideradas apenas as "pol�ticas e medidas em curso", Portugal atingiria um acr�scimo de 52,1 por cento nas emissões em 2012, aponta Bruxelas. Numa reac��o a estas previs�es, o secret�rio de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, mostrou-se convicto de que Portugal não atingirá tal resultado, contando com a execução do Programa Nacional de Altera��es Clim�ticas e outras medidas.
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