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– 19-01-2009 |
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Agricultura: Cimeira ministerial em Berlim considera segurança alimentar "desafio global"Ministros da agricultura de 26 países, incluindo Portugal, reunidos ontem, em Berlim, conclu�ram que a segurança alimentar "� um desafio global para os governos e ind�stria" e alertaram que "são necess�rios conceitos inteligentes" para o suplantar. "No fundo, trata-se de transferirmos tecnologias e de investirmos em infra-estruturas nos países com mais dificuldades, de abrir os mercados e de não esmagarmos estes países com produtos agr�colas subsidiados", disse � Lusa no final dos trabalhos o ministro portugu�s da Agricultura, Desenvolvimento Rural e das Pescas, Jaime Silva. Sem fugir �s regras do mercado, "� preciso criar mecanismos de boa governa��o que evitem situa��es dram�ticas", adiantou ainda o pol�tico portugu�s. Dando o exemplo de �frica, Jaime Silva referiu que muitos países deste continente, onde se registam as situa��es mais dram�ticas de fome e subnutri��o, "não conhecem a economia de mercado, nem a globaliza��o, e tem de ter outro tipo de ajudas, caso contrário, estar�o sempre � merc� das catéstrofes naturais ou da subida dos pre�os das matérias-primas". A ajuda a conceder poderia traduzir-se nomeadamente, na venda aos países africanos de sementes mais baratas, ou na disponibiliza��o de infra-estruturas para armazenar �gua, acrescentou. "Temos andados sempre atr�s das crises, mas chegou o momento de nos anteciparmos a elas", sublinhou Jaime Silva. Neste contexto, destacou a import�ncia de medidas como a que foi adoptada na União Europeia no princ�pio do ano, e implementada j� em Portugal, permitindo a entrada de produtos africanos sem taxas alfandeg�rias. Trata-se de uma campanha intitulada "Tudo menos Armas", para facultar a venda de artigos de países pobres sem encargos onerosos para estes na Europa comunitária. Portugal, por exemplo, está a comprar safra de a��car a Mo�ambique gra�as a este expediente. além disso, na Confer�ncia de Doares do Programa Alimentar Mundial das na��es Unidas FAO, a realizar a 26 e 27 de Janeiro, em Madrid, o governo portugu�s irá divulgar o seu contributo para o combate � fome e � subnutri��o no mundo, e tentar cumprir o objectivo proclamado pela ONU na Declara��o do Mil�nio de reduzir estes flagelos a metade até 2015. A reorganiza��o da FAO, que Jaime Silva disse ter "assistido imp�vida" ao agravamento destes problemas, "durante estes anos todos", � Também, no entanto, uma das metas definidas pelos ministros que participaram na 1.� Cimeira de Ministros da Agricultura de Berlim. Na confer�ncia, que a ministra alem� da tutela, Ilse Aigner, pretende transformar num evento regular de projec��o internacional, uma esp�cie de Davos para a agricultura, participaram Também, nomeadamente, os titulares das pastas do Brasil, China, Rússia e Ucr�nia. A declara��o final proclama a urg�ncia de "aumentar a produ��o agr�cola" para combater a fome no mundo, e advoga o apoio dos camponeses com pequenos empr�stimos, por exemplo. "Paradoxalmente, a fome concentra-se nas regi�es rurais, o que provoca a fuga destas zonas, e por sua vez faz escassear a m�o-de-obra agr�cola", disse a ministra alem� Ilse Aigner. Os ministros defendem ainda o acesso dos agricultores ao conhecimento, � t�cnica e a recursos como a �gua e os solos, sublinhando que estes Também podem ser aproveitados para a produ��o de energia, "mas alimentar as pessoas � o objectivo primordial da produ��o agr�ria". Na declara��o ministerial exige-se ainda a redu��o das distor��es � concorr�ncia, e o ministro da agricultura do Burkina Faso, Laurent Sedego, aproveitou para criticar os novos subsídios � exportação de leite aprovados pela União Europeia. "Os apoios � exportação de produtos agr�colas impedem que os países africanos sejam competitivos, e matam a nossa agricultura", advertiu o ministro. Em resposta, a ministra alem� alegou que a UE "apenas subsidia os seus produtos para que os respectivos pre�os fiquem ao nível. do que se pratica no mercado mundial". O n�mero de pessoas v�timas que passam fome subiu no ano passado para 960 milhões em todo o planeta, e os peritos receiam que continue a aumentar, devido, nomeadamente, ao aumento acelerado da popula��o mundial, que actualmente ronda os seis mil milhões de pessoas, mas em 2050 dever� atingir os 9,2 mil milhões.
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