O consumo de carne duplicou em duas décadas e, apesar de algum abrandamento, mantém a tendência para crescer.
No debate sobre como se pode alimentar perto de dez mil milhões de pessoas em 2050, surge frequentemente a questão do consumo de carne – que duplicou no mundo nos últimos 20 anos, atingindo 320 milhões de toneladas em 2018 e que se prevê que aumente mais 13% até 2028, segundo o Meat Atlas 2021, elaborado pela fundação Heinrich Böll Stiftung.
A organização ecologista Greenpeace denunciou em 2019 o facto de 71% dos solos agrícolas da União Europeia (125 milhões de hectares na altura) serem usados para a alimentação animal, o que coloca o bloco europeu entre os maiores produtores do mundo, com uma média anual de 23 mil toneladas só de carne de porco (a China produz 50 mil).
Se olharmos para o resto do planeta, a situação tende a ser pior. Calcula-se que o Brasil, um dos principais exportadores de carne, tenha entre 150 a 200 milhões de hectares dedicados à produção e/ou alimentação animal, refere o Meat Atlas.
O mesmo documento mostra que mais de um terço das plantações do mundo “acabam […]