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– 13-07-2009 |
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Nota de ImprensaA crise de que não se fala: A escassez alimentarO Observatério dos Mercados Agr�colas e Importa��es Agro-Alimentares realizou esta Sexta-Feira, dia 10 de Julho de 2009, em Lisboa, um Semin�rio subordinado ao tema: �Qualidade, Seguran�a e Soberania Alimentar versus D�fice da Balan�a de Pagamentos no Sector Agro-Alimentar�, pois considera que se trata de um tema oportuno, de tratamento exigente e de grande interesse na actualidade. Das interven��es dos reputados oradores presentes – entre eles, o ex-Ministro da Agricultura – Dr. Arlindo Cunha; M�dica Endocrinologista e Professora Universit�ria � Dr.� Isabel do Carmo; ex-Ministro da Defesa � General Loureiro dos Santos; Secret�rio-Geral da APED � Dr. Jos� Ant�nio Rousseau; Presidente da AJAP � Eng.� Firmino Cordeiro e o produtor Jo�o Vieira emanaram, como exemplificadoras do amplo debate e reflex�o suscitadas em torno do tema, as seguintes conclus�es: Numa Unidade Pol�tica, são contemplados v�rios factores: Pol�tica Externa Em rela��o ao factor alimentar, colocam-se duas situa��es: 1) Os recursos alimentares excedem as necessidades: Se esses recursos alimentares forem nossos, se formos auto-suficientes em bens alimentares, podemos utiliz�-los como uma arma. 2) Os recursos alimentares são insuficientes: Neste caso, o país fica vulner�vel e não se resolve de forma diplom�tica, porque a vulnerabilidade estratégica existe. Numa Sociedade, o Bem-Estar e a Seguran�a são dois aspectos muito importantes. Como os recursos são escassos, isso conduz a que uns tenham e outros não. H� estratégias para obter recursos. Quando existe competi��o, poder� dar origem � guerra. Mas sem segurança, não h� bem-estar. Em qualquer Unidade Pol�tica, quando estes pilares são postos em causa, os cidad�os podem quebrar o compromisso, ou seja, o � contrato� com o Estado, e surge o conflito. Em Portugal h� uma vulnerabilidade profunda, em termos estratégicos, na área alimentar. Tem uma excessiva depend�ncia face ao exterior, importa 75% do que consome, incluindo os produtos de origem animal. Em caso de escassez de alimentos a nível. mundial, agravada pelo facto de estarmos na �cauda da Europa�, poder� conduzir-nos, a uma situa��o de guerra. Esta situa��o tem vindo a agravar-se e poderemos dar como exemplo o caso da produ��o de carne de su�no, em 1993 Portugal produzia 100% da carne de su�no que consumia, em 2008 desceu para 60% e em 2009 para 45%. � necess�rio adoptar medidas para fazer face a esta conting�ncia. Em Portugal não tem havido a preocupa��o pol�tica de enquadramento estratégico do factor alimentar. Noutras áreas isso acontece, como por exemplo, a aquisi��o de submarinos. Houve um investimento do Estado porque considerou que seria necess�rio e estratégico. H� uma inversão do ponto de vista estratégico que urge ser invertida. Essa inversão deve passar pelo Estado. Os interesses vitais t�m de estar salvaguardados, mais do que isso, �consagrados�. Na valoriza��o estratégica, a produ��o de bens alimentares � muito mais importante do que a distribui��o (Serviços). Mas tal está invertido, os Serviços dominam toda a área econ�mica. Acontece na agricultura, mas Também existem outros exemplos: a Banca � quem mais enriquece e s� faz serviços; no sector livreiro, o autor � quem recebe menos, a grande fatia do pre�o pago pelo leitor fica na distribui��o. Algumas raz�es apontadas para o aumento da nossa depend�ncia externa de produtos agroalimentares: Falta de medidas de car�cter pol�tico, incentivadoras do Investimento na área agro-alimentar; Grande aumento dos pre�os dos factores de produ��o (sementes, ra��es, etc); A enorme concentra��o de empresas de distribui��o, pagando � produ��o a pre�os cada vez mais baixos; Rendimento dos produtores cada vez menor.. A imagem da agricultura está actualmente prejudicada, facto que se deve � classe pol�tica. Mas, tais factos revelam-se um contracenso, pois Portugal, apesar de ter um enorme potencial agr�cola, s� � auto-suficiente em Vinho e Leite. A produ��o de bens alimentares �, para além de necess�ria, cada vez mais estratégica para a nossa sobreviv�ncia e equil�brio social. � (�) as reservas alimentares mundiais desceram para n�veis perigosamente baixos. Passou de 1 ano de consumo de g�neros aliment�cios em reserva, ap�s a 2.� Guerra Mundial, para apenas 57 dias de consumo de exist�ncias em 2007 e somente 40 dias em 2008�� Fonte: Parlamento Europeu, Dezembro de 2008 Tendo em conta que a alimenta��o � a raz�o da qualidade de vida e da Saúde, a soberania alimentar � um direito a reconquistar. Se não tivermos alimentos, a nossa vida, como seres humanos fica posta em causa. A car�ncia de alimentos revela-se uma grande amea�a para Portugal.
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