A reflorestação de 1.503 hectares do perímetro florestal das dunas de Cantanhede, na Tocha, que foi afetada pelo incêndio de outubro de 2017, já começou e estará concluída em 2024.
“Os trabalhos já começaram, estão a correr bem. Naturalmente que agora estamos num período outono/inverno. O tempo poderá ser uma condicionante por causa das chuvas, mas se não houver grandes alterações, a empresa está convicta de que o processo vai correr da melhor forma”, disse hoje, à margem da assinatura do contrato de prestação de serviços para reflorestação, a presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, Helena Teodósio.
De acordo com a autarca a plantação estará concluída em 2024.
Trata-se de um investimento de 1,6 milhões de euros que é comparticipado pelo Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020 em 80%, sendo o restante da responsabilidade da Comunidade Local dos Baldios da Freguesia da Tocha.
O processo passa pela plantação de árvores, uma vez que a regeneração natural do pinheiro-bravo é insuficiente para garantir em condições satisfatórias o repovoamento da zona afetada.
É uma intervenção “muito importante para nós [Câmara Municipal de Cantanhede], para toda a população, para o país naturalmente, e para o ambiente”, sublinhou, Helena Teodósio.
Para além da elaboração do projeto e submissão da candidatura, o Município de Cantanhede assegura, também através do seu Gabinete Técnico Florestal, o acompanhamento e a fiscalização dos trabalhos, bem como a conceção do Plano de Gestão Florestal do Perímetro Florestal das Dunas de Cantanhede.
A candidatura resultou de um acordo de posições entre a Câmara Municipal de Cantanhede, a Comunidade Local dos Baldios da Freguesia da Tocha e o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).
A autarca afirmou que espera que estes trabalhos sejam um “começo para daqui a uns anos voltarmos a olhar para a floresta e ver aqui a freguesia da Tocha novamente verde”.
Segundo a Câmara Municipal de Cantanhede, no distrito de Coimbra, a execução do projeto de reflorestação contempla a execução de operações de controlo da vegetação espontânea, mobilização do solo para a instalação das plantas e a plantação de pinheiro-bravo, pinheiro-manso e choupo-negro, borrazeira-preta e salgueiro-branco.
Vão ser instaladas duas parcelas experimentais, uma de pinheiro-bravo e sobreiro, e uma outra só com pinheiro-manso.
Questionada pela agência Lusa acerca de projetos que a autarquia tem ao nível do ambiental, Helena Teodósio relembrou que a Câmara fez várias candidaturas.
“Temos vários projetos ao nível do ambiente. Fazemos inúmeras candidaturas, por exemplo a questão das valas que é algo importante, não só em termos da manutenção como da também da forma como as águas podem ser encaminhadas. Quando falamos em ambiente podemos falar, por exemplo, da questão ciclável e de toda a aposta que o Município está a fazer em termos de ciclovias”, exemplificou.
