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– 27-09-2007 |
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Biodiversidade: Para preservar a Natureza � preciso conhecer as vantagensA nova estratégia da biodiversidade que Portugal quer implantar na União Europeia tem em considera��o que as pessoas dificilmente preservam algo cuja utilidade desconhecem, esclareceu ontem o presidente do Instituto da Conserva��o da Natureza e Biodiversidade (ICNB). "Os Estados t�m uma pol�tica de conserva��o da Natureza por esta ter ganhos fundamentais para a sociedade, ganhos que podem ser paisag�sticos ou de bem-estar para as pessoas e não necessariamente econ�micos", adiantou Jo�o Menezes, falando � agência Lusa ap�s o encerramento do semin�rio "Sociedade Civil, Empresas e Biodiversidade", que decorreu hoje na Funda��o Calouste Gulbenkian, em Lisboa. De acordo com o presidente do ICNB, "não se pode apelar � conserva��o da Natureza apenas porque ela existe, � sempre preciso que as pessoas compreendam as vantagens da preserva��o". "� necess�rio explicar �s pessoas que, embora um determinado ecossistema não tenha hoje mais-valias para o Homem, ele pode vir a t�-las no futuro, pelo que importa preserv�-lo desde j�", exemplificou. Jo�o Menezes, que encerrou o semin�rio em representa��o do secret�rio de Estado do Ambiente, que se encontra numa confer�ncia sobre altera��es clim�ticas promovida pelo Presidente norte-americano, George W. Bush, em Washington, defendeu que "a nova aproxima��o estratégica vai ter uma visão de sistema da biodiversidade". A estratégia vai assentar em quatro pontos fundamentais: a associa��o �s pol�ticas de consumo sustent�veis, a liga��o � componente energ�tica (incluindo a adapta��o �s altera��es clim�ticas e a minimiza��o das pol�ticas agressivas), a garantia da exist�ncia de comunidades sustent�veis (partindo logo dos n�cleos familiares) e a designada governa��o da biodiversidade, que incluirá a participa��o da sociedade civil através de voluntariado. Durante a sua interven��o na Funda��o Calouste Gulbenkian, o presidente do ICNB assinalou que "hoje não se pode falar em governa��o numa l�gica local, porque as interac��es são de tal forma fortes que � preciso sempre ter uma �ptica global". "Em tempos recorria-se � frase ‘Pensar global, agir local’, mas agora Também h� que fazer o contrário: ‘Pensar local, agir global’", afirmou Jo�o Menezes, que hoje de manh� declarou � Lusa que esta "mudan�a de visão" sobre a biodiversidade está a ser trabalhada pela Presid�ncia Portuguesa da União Europeia. "A ideia � olhar a biodiversidade não na l�gica dos habitats das especies (‘input’), mas ver o ‘output’ que ela gera para a sociedade, tentar perceber e salientar os serviços que presta em termos directos [como os alimentos] ou indirectos [o lazer]", acrescentou Jo�o Menezes. O respons�vel adiantou que Portugal está a tentar convencer os restantes membros da União Europeia da import�ncia de fazer esta altera��o: "Come��mos com a concord�ncia de cinco Estados e j� vamos em metade". Paula Silva, da direc��o da associa��o ambientalista Quercus, um dos tr�s organizadores do semin�rio, considerou "boa a intenção" anunciada por Jo�o Menezes. "O conceito de serviços dos ecossistemas não � novo. A ideia � positiva tendo em conta que a biodiversidade � sempre um mecanismo volunt�rio e, por isso, � bom fazer uma adapta��o � linguagem empresarial" que olha mais ao "output" do que ao "input", afirmou. Ao longo da tarde, o semin�rio abriu espaço a interven��es, da mesa e do público, sobre a extin��o das especies, a ca�a, a import�ncia de as empresas informarem os consumidores sobre as suas "pr�ticas verdes" e as vantagens de os bancos apoiarem as pequenas empresas interessadas em estimular preocupa��es ambientais. O "Business & Biodiversity" � uma das prioridades da Presid�ncia Portuguesa da União Europeia, em matéria de Ambiente, juntamente com as Altera��es Clim�ticas e a Escassez de �gua e Seca.
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