A filial em Portugal do grupo Roullier para a atividade vitivinícola, Falua, adquiriu a Quinta do Mourão, em Lamego, passando a contar com cerca de 100 hectares e reforçando a presença no Alto Douro Vinhateiro, revelou hoje o administrador.
Em comunicado, o grupo esclarece que esta nova aquisição sucede à da Quinta de São José, em Ervedosa do Douro, há cerca de um mês, e que com a expansão a Falua passa a contar com cerca de 100 hectares na zona do Douro.
A Quinta do Mourão conta com 77 hectares, 50 dos quais são vinha – alguns vinhas velhas – produzindo “vinhos tranquilos de grande qualidade”, mas destacando-se, sobretudo, no vinho do Porto.
Em declarações à Lusa, o administrador da Falua, Rui Rosa, destacou que os projetos da Quinta de São José e da Quinta do Mourão, agora adquirida, são diferentes, sobretudo, devido à dimensão das duas propriedades.
“Os dois são um grande desafio e é isso que acreditamos que vai ajudar a cimentar a nossa posição em Portugal”, reforçou.
Rui Rosa adiantou que o “‘stock’ histórico” de vinhos existente na Quinta do Mourão – composta por cinco quintas de menor dimensão – “vai complementar” a gama do grupo.
“Contamos que, num primeiro momento, nos posicione em mais mercados”, referiu, acrescentando que à escala do grupo estes são “investimentos com algum significado”.
Umas das quintas que integra a propriedade, a Quinta da Poisa, conta com 15 hectares de vinha plantada, sendo que sete hectares são vinhas com mais de 50 anos.
À Lusa, Rui Rosa assegurou que a estratégia do grupo passa também por, futuramente, apostar no enoturismo, uma vez que todas as quintas da propriedade têm caves “com grande potencial de desenvolvimento”.
Integrada no grupo Roullier, a Falua iniciou-se no setor em 1994 na região do Tejo e expandiu, em 2020, para a região dos Vinhos Verdes com a aquisição da Quinta do Hospital.