O Fundo de Inovação Social realizou os dois primeiros investimentos em duas startups de impacto nacionais: a We Changers e a Agroop.
O Fundo de Inovação Social, que tem como objetivo investir em projetos de impacto em Portugal, realizou os seus primeiros dois investimentos. Através do veículo FIS Capital, este fundo investiu na We Changers e na Agroop.
A We Changers é uma com ambições globais e que tem como missão mapear e ligar o chamado ecossistema de impacto. Para isso, criou uma plataforma aberta, global e cariz colaborativo que reúne projetos e dados sobre os “world changers”, isto é organizações sociais, fundações, investidores de impacto e empresas.
O FIS Capital, do Fundo de Inovação Social, opera em co-investimento. A ronda de financiamento da WeChangers pode alcançar um milhão de euros, sendo resultado de uma operação em parceria entre a Regenerative Investment, a BOMA Investments, o Fundo Bem Comum FCR e o FIS.
A Agroop é uma startup portuguesa que tem como objetivo contribuir para uma agricultura mais sustentável e duradoura. Para isso, tem uma tecnologia que permite aos produtores agrícolas de pequena e média dimensão monitorizar as suas culturas. Assim, conseguem ter atitudes preventivas quanto a fatores de risco, como: pragas, doenças e outros fungos que possam afetar as culturas. Caracteriza-se como uma “farming intelligence company”, tem como lema “semear inovação, colher grandes resultados”.
A ronda de investimento nesta totaliza os 682 mil euros e é a conjugação do financiamento de três investidores: um da Suécia, outro do Reino Unido e o FIS. Com esta verba, a empresa, e de acordo com o comunicado, vai ter capacidade para consolidar a implementação no mercado de dois equipamentos desenvolvidos pela : o multi-sensor “Stoock” e o hardware “Aeroo”.
O Fundo de Inovação Social, gerido pela PME Investimentos, tem uma dotação de 42 milhões de euros. O FIS Capital, explicou Marco Fernandes, líder da PME Investimentos ao Dinheiro Vivo, tem cerca de 42 milhões de euros para investir em empresas de impacto em modelo de co-investimento. O gestor explica ainda que, para que as empresas, possam receber investimento têm, em primeiro lugar, de ser certificadas como Iniciativas de Inovação e Empreendedorismo Social (reconhecidas pela EMPIS). “O fundo pode co-investir com investidores privados nessas empresas”, não esquecendo que os projetos têm de ser inovadores e terem de facto impacto. E para serem consideradas como inovadores, as “soluções não devem estar no mercado de forma muito disseminada. E têm de ser projetos que causem de facto impacto em determinada população”.
A linha de co-investimento FIS Capital já conta com 16 candidaturas.