O diretor-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) considera, em declarações à Lusa, “importante apoiar” a produção nacional, impactada pela seca, para que possa produzir “com outras condições” e vender “a um preço bastante mais razoável”.
Questionado sobre que medidas importantes para o setor, Gonçalo Lobo Xavier destacou, “desde logo, a questão da energia” e a “dos apoios à produção e do que está a acontecer em termos de seca” no país.
“Parece-nos que é importante apoiar a agricultura e a produção nacional porque, consequentemente, se tiverem apoios vão poder produzir com outras condições e vender os seus produtos, quer seja diretamente à distribuição, quer seja para a indústria, a um preço bastante mais razoável”, afirmou o diretor-geral da APED.
“Por outro lado, é evidente que temos esperança que tudo o que vá gravitar à volta do PRR [Programa de Recuperação e Resiliência] vá conseguir criar condições para empresas investirem”, prosseguiu.
Ou seja, “investirem em soluções do ponto de vista da energia verde e da economia verde que vá permitir também às empresas, quer a produção, quer industriais, quer da distribuição, investir em equipamentos mais equilibrados e que ajudem a que não haja uma dependência tão grande não só de energia elétrica, mas também do gás”, apontou.
E além disso, “permita que as empresas tenham energias limpas e consequentemente mais baratas”, sublinhou Gonçalo Lobo Xavier.
A APED continua empenhada “em defender o setor do ponto de vista da sua importância para o país”, sublinhou o responsável, acrescentando que 2021 “acabou por ser um ano de recuperação”, mas “não para níveis de 2019, no caso do retalho especializado”.
O diretor-geral acrescentou ainda que há empresas associadas “a abrir mais lojas, quer no retalho especializado, quer no retalho alimentar”.