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– 04-08-2004 |
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Santo Tirso : Protestos contra construção de "muro da vergonha" em reserva agrícola e ecológicaPorto, 03 Ago Os acessos são em grande parte da sua extensão construídos em viaduto, mas, no troço final de ligação à N 105, com algumas centenas de metros de comprimento, ficarão suportados por um aterro com oito a 12 metros de altura e cerca de 30 de largura. Esse aterro, um projecto da concessionária de auto-estradas Lusoscut e já denominado de "muro da vergonha" ou "novo muro de Berlim" pelos populares, passa exactamente pelo meio de um vale que, segundo o presidente da Câmara de Santo Tirso, Castro Fernandes (PS), é parte integrante das reservas agrícola e ecológica nacionais. "Fez-se um grande esforço para preservar esta zona, nomeadamente impondo regras rigorosas de construção. Todos estes moradores gostariam de poder usar estes terrenos para construção civil, mas sempre foi proibido para salvaguardar esta riqueza ambiental. E agora vêm colocar mesmo no meio do vale um aterro daquelas dimensões", disse o autarca. Para Castro Fernandes, a solução passaria por continuar a utilizar um viaduto praticamente até ao encaixe dos acessos na N 105, em vez de construir o aterro, tornando a obra mais "leve" e permitindo continuar a utilizar os solos do local para a agricultura. Garantindo que não compareceu no local para "encabeçar manifestações", mas sim para dialogar com os habitantes de Água Longa, Castro Fernandes recordou a longa série de cartas enviadas pela câmara ao Governo, pelo menos desde 1996, com o objectivo de o sensibilizar para as consequências da solução adoptada. "Isto não é apenas um problema estético, mas também ambiental, já que o aterro vai dificultar o escoamento das águas do rio Leça e da ribeira de Pisão, aumentando o risco de inundações nas casas das redondezas", referiu. Castro Fernandes adiantou que ainda hoje falou ao telefone com o gabinete do secretário de Estado das Obras Públicas, Jorge Costa, e manifestou a sua esperança de que o governante venha a tomar medidas para que a solução seja alterada. Para além da construção do aterro, Castro Fernandes discorda ainda do facto de o acesso aos IC 24 e 25 desembocar directamente na N 105 – hoje uma estrada de perfil eminentemente urbano – numa rotunda a construir, que irá cortar a principal estrada de acesso à escola da freguesia. "Bastaria fazer uma passagem desnivelada, com uma ligação em trevo à N 105, para resolver este problema", explicou. "Em ambos os problemas, a questão é meramente de dinheiro, não de soluções, técnicas, porque estas existem. Será que gastar um pouco menos justifica o que querem aqui fazer?", afirmou o autarca. A manifestação foi organizada por uma comissão, da qual faz parte o presidente da Junta de Freguesia de Água Longa, o socialista Manuel Ribeiro, que garantiu actuar a título pessoal, não autárquico ou partidário. Manuel Ribeiro salientou que a manifestação de hoje foi propositadamente pacífica, mas deixou claro que, se continuar o propósito de construir o aterro, a população poderá optar por novas formas de luta.
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