O projeto decorreu de duas necessidades identificadas em 2017. O objetivo é combater a falta de água crónica, numa época do ano em que a seca severa já atinge várias regiões do país.
O Alentejo está a passar por um período de seca severa, o que obriga a improvisar soluções. Uma herdade resolveu utilizar águas residuais tratadas para regar as vinhas.
O projeto decorreu de duas necessidades identificadas em 2017. Além da crónica falta de água, uma ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais) a rebentar pelas costuras precisava de ser aumentada.
Nuno Franco, enólogo da Casa Relvas, explica que, como estão “numa zona em que a água é um bem escasso e há pouca capacidade de armazenagem”, a solução encontrada foi “usar a água da ETAR de São Miguel para regar as nossas vinhas”.
Em 2019, avançaram com um projeto-piloto, com a ajuda das Águas de Portugal, e agora o licenciamento foi emitido.
Há esperança de “um bom ano”
O sistema já trabalha mesmo quando faz falta. “Este ano mais que nunca, pois não houve chuva durante o período vegetativo”, diz Nuno Franco.
Apesar do calor, e dos ciclos cada vez mais atítipocos, há esperança no horizonte.
“Para quem tem acesso à água, acho que vai ser um bom ano”.