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– 26-02-2013 |
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Quase 60% das crian�as trabalhadoras estáo na agricultura
Quase 60% das crian�as envolvidas em trabalho infantil estáo na agricultura, um dos sectores mais perigosos, e h� crian�as a partir dos cinco anos a trabalhar no pastoreio, revela um relatério da FAO hoje divulgado. Intitulado "Trabalho infantil na pecu�ria", o relatério da agência das Na��es Unidas para a Alimenta��o e a Agricultura (FAO) conclui que pouco se sabe sobre o envolvimento das crian�as nesta actividade, em que a participa��o dos menores � comum cultural e tradicionalmente. Embora reconhe�a que a participa��o na agricultura pode ser um factor normal do crescimento, desde que em tarefas adequadas � idade, que não tenham riscos para a Saúde e que não interfiram com o tempo necess�rio para estudar e brincar, a FAO sublinha que muito do trabalho das crian�as na pecu�ria pode ser categorizado como trabalho infantil. "� prov�vel que seja perigoso, que interfira com a educa��o da crian�a e que seja prejudicial � Saúde e ao desenvolvimento f�sico, mental, espiritual, moral ou social", pode ler-se no texto. O relatério, que se baseia em pesquisa bibliogr�fica e numa consulta junto de organizações e de especialistas, cita "uma s�rie de estudos de caso" focados em países espec�ficos que mostram que o trabalho infantil no pastoreio – a mais documentada de todas as actividades infantis na agricultura – "pode come�ar muito cedo, entre os cinco e os sete anos". A FAO manifesta uma "particular preocupa��o com o facto de algumas crian�as serem traficadas dentro do país ou para outro país em actividades (for�adas) de pastoreio". As condi��es de trabalho das crian�as que pastoreiam o gado variam bastante, adianta o relatério, segundo o qual algumas crian�as podem faz�-lo algumas horas por semana sem deixar de frequentar a escola, mas outras passam dias seguidos naquela actividade, �s vezes longe de casa, e sem qualquer possibilidade de escolaridade. "Em muitas situa��es, a natureza do trabalho das crian�as na pecu�ria dificulta a frequ�ncia da escola formal e os riscos e as condi��es envolvidos tornam-no a pior forma de trabalho infantil", pode ler-se no relatério, que exemplifica com os riscos de doen�as relacionadas com animais, problemas de Saúde devido aos longos hor�rios de trabalho em condi��es extremas, ou o uso de qu�micos, além dos factores psicol�gicos associados ao medo dos castigos dos empregadores e ao sentimento de responsabilidade com o capital familiar. �A redu��o do trabalho infantil na agricultura não � apenas uma questáo de direitos humanos, j� que Também contribui para promover a verdadeira sustentabilidade do desenvolvimento rural e da segurança alimentar�, afirmou Jomo Sundaram, adjunto do director-geral do Departamento de Desenvolvimento Económico e Social da FAO. Para o respons�vel, �a crescente import�ncia da pecu�ria na agricultura significa que os esfor�os para reduzir o trabalho infantil devem concentrar-se sobretudo nos factores que conduzem a trabalhos prejudiciais ou perigosos para as crian�as e, ao mesmo tempo, devem respeitar e proteger os meios de subsist�ncia das fam�lias rurais pobres�, sublinhou Sundaram. Um dos sectores agr�colas de maior crescimento, a pecu�ria representa 40% da economia agr�cola e � uma fonte de rendimentos e de segurança alimentar para 70% dos 880 milhões de pobres no mundo rural que vivem com menos de um d�lar por dia, escreve a FAO. No seu relatério, a organiza��o apela � academia que fa�a mais estudos sobre esta realidade e recomenda aos governos que apertem a malha legal para diminuir o trabalho infantil na pecu�ria. �s associa��es de produtores, de patr�es e de trabalhadores, a FAO pede empenhamento na sensibiliza��o das popula��es e �s empresas e multinacionais exige que garanta que não h� crian�as envolvidas em trabalho infantil nas suas cadeias de abastecimento. Fonte: Lusa
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