A população de uma freguesia em Tondela fala numa limpeza sem critério que incluiu espécies importantes e protegidas. A empresa que está a ser criticada é a E-REDES, que garante estar a cumprir as leis.
A população da freguesia de Santiago de Besteiros, em Tondela, está descontente com o abate de árvores junto à rede elétrica. Segundo a lei, a E-REDES devia cumprir o distanciamento mínimo entre árvores, mas tem optado por um abate indiscriminado se várias espécies como carvalhos Pinheiros e Medronheiro.
Os proprietários de terrenos florestais, que são atravessados por linhas elétricas, têm tido surpresas nos últimos dias.
“Há dois anos e alguns meses, foi feita uma plantação autorizada pelos proprietários, um investimento tremendo foi feito no território e tudo isso desapareceu com as capinadeiras”, diz o presidente da Junta de Freguesia de Santiago de Besteiros, Júlio Pacheco. “Gastaram dinheiro e desapareceu tudo”, concorda Elisabete Roque, proprietária florestal.
Segundo a lei, a E-REDES, responsável pela gestão de combustíveis juntos às rede elétricas, apenas teria de cumprir os espaçamento entre copas de árvores, mas a olho nu, alguma coisa não está bem. Os proprietários reclamam da entrada sem qualquer aviso dos profissionais da empresa.
Cortarem os carvalhos sem dizer nada e até atirarem para a terra de um vizinho, isto é que não está legal”, frisa Avelar Almeida, outro proprietário florestal.
E-REDES nega acusações
A SIC contactou a empresa, que garante estar a cumprir as regras legais e definidas nos planos municipais de defesa da floresta. Também afirma que está a visar os proprietários sobre a entrada nos terrenos para executar trabalhos.
O certo é que as reclamações existem, não só em Santigo de Besteiros, mas em várias freguesias do interior de Portugal.