As pastagens de sequeiro completaram o ciclo vegetativo, com a natural diminuição significativa de biomassa disponível e do seu valor nutritivo, divulga o Instituto Nacional de Estatística (INE), nas suas previsões agrícolas a 31 de Julho de 2020.
Acrescentam os técnicos do INE que as condições climatéricas ocorridas durante a Primavera foram favoráveis ao desenvolvimento das pastagens e promoveram um aumento de biomassa na generalidade das culturas destinadas à alimentação dos efectivos pecuários.
A produção forrageira foi superior a um ano normal (globalmente prevê-se que 20% superior), com impacto positivo nas disponibilidades alimentares das explorações em pastoreio directo e, simultaneamente, na obtenção de alimentos conservados (palhas, fenos, feno-silagens e silagens), que estão já a ser utilizados nas explorações situadas em zonas mais marginais (solos pobres) ou com encabeçamentos mais elevados.
Julho extremamente quente e seco
O mês de Julho caracterizou-se, em termos meteorológicos, como extremamente quente e seco. Julho de 2020 foi o mais quente desde 1931, tendo registado uma temperatura média de 25,1ºC (+2,9º C face à normal 1971-2000).
Registaram-se ondas de calor espacialmente muito abrangentes (de 4 a 11 no interior Norte e Centro; de 9 a 18 no interior Norte, Centro e Sul; de 25 a 31, especialmente no interior Norte) e dias de temperatura máxima particularmente elevada (nos dias 6, 16 e 17, mais de 1/5 das estações meteorológicas do continente registaram temperaturas superiores a 40º C).
Quanto à precipitação, o valor médio de 4,0 mm correspondeu a cerca de 30% do valor normal 1971-2000 (13,8 mm), tendo-se, pontualmente, registado a ocorrência de aguaceiros fortes, com queda de granizo.
Agricultura e Mar Actual
O artigo foi publicado originalmente em Agricultura e Mar.