O Terinov – Parque de Ciência e Tecnologia da Terceira quer dar uma “lufada de ar fresco” à agricultura dos Açores, recrutando projetos tecnológicos nas áreas da agroindústria, agroalimentar e da bioecologia, disse hoje o diretor.
Em declarações à agência Lusa, o diretor executivo do Terinov, Duarte Pimentel, avançou que, tendo em vista aquele objetivo, está em decorrer em Lisboa o Azores Accel, um evento que reúne um “conjunto de bons projetos no setor da agroindústria, do agroalimentar e da biotecnologia”.
“O principal desígnio deste projeto e deste acelerador é trazer uma lufada de ar fresco e ideias novas e diferenciadoras a este que é um setor tradicional da economia dos Açores [a agricultura]”, afirmou.
No evento estão a participar seis equipas: a Beesage (Letónia), Boticário dos Açores (Portugal), Core Protein (Portugal), Plant on Demand (Espanha), FHLUD (Portugal) e a My Water (Eslovénia)
“Trabalhamos muito numa ótica de ‘start-ups’ e projetos de base tecnológica, para pôr a tecnologia ao serviço, neste caso, da agroindústria, da agroalimentar e da biotecnologia”, assinalou.
O Azores Acell, que começou na quarta-feira e decorre até sexta, tem o “intuito de apoiar” os projetos daquelas equipas que se encontram numa “fase inicial de desenvolvimento”, mas tem também uma “componente competitiva”.
No final do evento, o projeto vencedor vai ter a oportunidade de se instalar no Terinov gratuitamente.
“O projeto vencedor do Azores Accel, vai ser convidado a instalar-se no Terinov gratuitamente durante doze meses, usufruindo de tudo aquilo que nós temos para oferecer”, apontou.
Ao instalar-se naquele Parque de Ciência, o projeto não ganha apenas um “espaço físico de trabalho”, mas também uma “rede de contactos, de consultores científicos e de potenciais investidores”.
“O que nós oferecemos é a oportunidade de fazerem o programa-piloto cá, ou seja, é também uma oportunidade testarem o produto cá [nos Açores]”, realçou.
Entre os projetos, Duarte Pimentel destacou o da equipa Beesage, da Letónia, que visa aplicar uma “produção de precisão” na apicultura, através de tecnologias de controlo à distância e do tratamento de dados.
Apesar de o Terinov estar atualmente “completamente esgotado”, se existir mais do que um projeto “interessante para a região”, as equipas poderão aproveitar a “modalidade de incubação virtual” do parque.
“As empresas estão cá sedeadas, têm acesso a tudo, só não têm um posto de trabalho físico”, explicou, referindo-se à incubação virtual.
O Azores Accel é uma iniciativa do Terinov e do Governo dos Açores em parceria com a consultora Building Global Innovators (BGI).