O SinFAP – Sindicato Independente dos Trabalhadores da Floresta, Ambiente e Proteção Civil, repudia a forma como Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas I.P (ICNF), está a conduzir o processo de mudanças para o antigo edifício do Ministério do Mar em Algés.
Mesmo antes de iniciar o processo, e ainda na anterior legislatura, o SinFAP havia à data, já denunciado junto do Governo e da Assembleia da República, o processo dúbio e de tramitação pouco linear em relação à mudança de instalações.
Temos conhecimento que se tem permitido de forma incuriosa o colocar do acervo daquele instituto com décadas no lixo (literalmente) e que representa uma perda irreparável e com uma dimensão histórica para vida do instituto e dos seus trabalhadores, que infelizmente perpetuará. Por outro lado, aportar que o novo edifício foi pensado na verdade para o Conselho Diretivo (com áreas de trabalho bastante “generosas”) em detrimento dos locais de trabalho para os trabalhadores afetos à sede nacional, e onde nem sequer existe espaço para arquivo, não sendo plausível a conta desta situação “apagar” uma parte da história do ICNF.
O SinFAP sabe que este processo vai infligir nos trabalhadores, complicações associadas à mobilidade urbana, visto que anteriormente a sua mobilização era muito mais lesta e simples. É inequívoco que chegar ao centro de Lisboa é mais corroborada por meios de transporte públicos, do que para Oeiras-Algés.
Face a esta situação muitos trabalhadores estão a solicitar a reforma antecipada, mobilidade para outros serviços e o teletrabalho contra a sua vontade, uma vez que o local imposto pelo Conselho Diretivo do ICNF, não é acessível para a maioria dos trabalhadores.
Na ótica de serviço público, a mudança em curso irá infligir o atendimento ao publico, uma vez que os cidadãos que necessitam dos serviços centrais do ICNF, se vêm privados de o fazer dado à inexistência de uma rede de transportes que é sobejamente sabido que dispunham na Avenida da República em pelo centro de Lisboa.
O SinFAP apela novo Governo que termine com efeitos imediatos a presente mudança das instalações do ICNF para Algés, e que na verdade inicie uma negociação séria e responsável onde os trabalhadores possam ser auscultados, com vista à recolocação na área envolvente à atual sede nacional ou à reabilitação do atual edifício, garantindo um processo democrático e participativo.
O SinFAP apela ainda ao novo Governo que faça um levantamento das ações que este Conselho Diretivo do ICNF tem realizado nos últimos meses, anos e que numa perspetiva de renovação demita atual CD ICNF, precisamos de um novo rumo para o instituto público e para os seus trabalhadores, renovação é fulcral para a recuperação da confiança dos trabalhadores.
Fonte: SinFAP