Campanha no oeste arrancou esta segunda-feira com Maria do Céu Antunes.
Mal entrou no pomar, na Quinta da Saúde no Cadaval, Maria do Céu Antunes deixou claro que não estava ali para deixar os créditos por mãos alheias.
A ministra da Agricultura não vinha só para ver o primeiro dia da campanha da pera rocha no Oeste, mas trazia sobretudo a vontade de colher alguns frutos. Ouviu elogios “ao jeito”, encheu rapidamente um balde e confessou que ganhou o primeiro “vencimento” na juventude a apanhar uvas.
“Acho que me habituava a isto”, rematou por fim.
Mas nas semanas que agora se seguem, é trabalho a tempo inteiro, nos pomares da região, feito maioritariamente por estrangeiros, trabalhadores temporários que a Ministra garante que “não vêm de fora, mas já se encontram a trabalhar em Portugal”.
Por isso, questionada sobre o facto de não terem sido testados à covid19 – questão, aliás, levantada por autarcas nesta altura de campanhas de colheita de pera, mas também maçã e tomate – Maria do Céu Antunes responde que mais do que os testes, é preciso serem seguidas as normas de distanciamento, uso de máscara e desinfeção, um “conjunto de boas práticas” que o Ministério fez chegar aos produtores.
ADIANTAMENTO DE AJUDAS AOS AGRICULTORES
Os produtores falam, necessariamente, em maiores custos que esperam que possam esbater-se no volume de vendas este ano.
Acreditam que será uma boa campanha e depositam uma dose de confiança nas exportações. Maria do Céu Antunes acrescenta que os apoios vão chegar mais cedo para fazer face aos imprevistos causados pela pandemia.
Em vez de serem pagos só em outubro, os apoios comunitários vão chegar ainda este mês: 112 milhões de euros, adianta a ministra que também fez questão de provar uma pera rocha, em pleno pomar.
O artigo foi publicado originalmente em SIC Notícias.
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