A Estação Piloto de Piscicultura de Olhão (EPPO, do IPMA, procedeu ao longo do ano de 2023 às seguintes ações de libertação ou doação de pescado:
Dezembro de 2023 – Libertação de milhares de peixes na Ria Formosa
A 7 de dezembro realizou-se uma operação significativa de libertação de milhares de peixes ao largo da Armona e na Ria Formosa. Os peixes, provenientes da EPPO foram cuidadosamente transportados a bordo de uma das embarcações de carga da empresa Tunipex. A carga incluía diversas espécies, como dourada (Sparus aurata), corvina (Argyrosomus regius), e robalo (Dicentrarchus labrax), todos criados em cativeiro na EPPO.
Esta Estação realizada estudos abrangentes de aquacultura que abordam aspetos como fisiologia, nutrição, patologia, e ensaios de engorda de peixes em policultivo. A infraestrutura tem associada uma jaula instalada em ambiente offshore, que permite a condução de testes de cultivo de peixes em águas abertas. A EPPO visa promover a transferência de tecnologia para o setor produtivo, apostando na formação científica e técnica de recursos humanos tanto em nível profissionalizante como académico.
A aquacultura é uma importante alternativa de cultivo marinho para enfrentar desafios climáticos como a sobrepesca, a seca ou os problemas da agricultura convencional, tal como refere o responsável da Estação, Pedro Pousão, “Todos nossos projetos visam a segurança alimentar do país e o consumo humano. A aquacultura marinha usando água salgada é uma fonte promissora de alimentação, e devemos pensar nisso como uma alternativa viável”.
Notícias do Jornal “Barlavento”:
https://barlavento.sapo.pt/algarve/ipma-liberta-milhares-de-peixes-ao-largo-da-armona-e-na-ria-formosa
https://barlavento.sapo.pt/destaque/pedro-pousao-cultivo-do-mar-pode-ajudar-a-colmatar-a-seca-em-terra
Agosto de 2023 – Libertação de juvenis de peixes marinhos produzidos em aquacultura
No fim de agosto a EPPO/IPMA procedeu à libertação de uns milhares de juvenis de dourada (Sparus aurata), corvina (Argyrosomus regius) e robalo (Dicentrarchus labrax) duas milhas a SE do Cabo de Santa Maria na costa do Sotavento algarvio. Esta libertação tem como objectivo contribuir para o aumento dos efectivos no recrutamento anual de espécies naturalmente existentes na nossa costa e, que devido ao seu elevado valor económico sofrem uma grande pressão piscatória, onde se acrescenta nos meses de veraneio a pesca amadora.
Para esta operação a EPPO contou com a preciosa colaboração da Tunipex para apoio na logistica do transporte dos peixes, das instalações da EPPO para o Porto de Olhão e daí até ao local da libertação. O transporte de peixe vivo é uma operação delicada, de elevada exigência e rigor, em que a perfeita coordenação dos vários passos é essencial, pelo que a associação do conhecimento dos técnicos do IPMA com os meios disponibilizados pela Tunipex, a nível do equipamento pesado, nomeadamente camião e navio com grua, assim como o elevado grau de profissionalismo da tripulação, potenciam a taxa de sobrevivência dos peixes durante o transporte e no mar, permitindo assim melhor cumprir os objectivos de recrutamento de mais recursos marinhos.
Peixes libertados: 3203 douradas de 85g; 1800 robalos de 77g com cerca de 8 meses de idade e 1800 corvinas de 77g com aproximadamente 5 meses de idade.
Aceder ao vídeo: https://youtu.be/uB3IidNF4po
Julho de 2023 – Libertação de corvinas
Também no passado mês de julho, a EPPO/IPMA libertou corvinas produzidas em aquacultura, excedentes que não foram usadas em ensaios de investigação. Esta libertação teve como objetivo repovoar e aumentar os stocks para a pesca local na costa Algarvia.
Nestas ações foram libertadas 3525 corvinas (Argyrosomus regius) de aproximadamente 8g no interior da Ria Formosa. Este tamanho de peixe garante um maior sucesso da sua sobrevivência na natureza.
1º Semestre de 2023 – Doação de pescado a instituições de solidariedade social
Nos últimos meses a EPPO/IPMA doou cerca de 500 kg de peixe a várias instituições de solidariedade mais carenciadas do concelho de Olhão. Entre as instituições contam-se a Cruz Vermelha Portuguesa de Olhão e a de Moncarapacho/Fuzeta, o Grupo de Bem Fazer Celeiro de Amor, a Santa Casa da Misericórdia de Olhão e de Moncarapacho, o Centro de Bem Estar Nossa Senhora de Fátima e a ACASO.
Desta forma foi possível a estas instituições proporcionar aos seus utentes menus que incluiram douradas e sargos de aquacultura, produzidos na EPPO.
O artigo foi publicado originalmente em IPMA.
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