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– 05-05-2004 |
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Leiria : Protecção Civil teme acidente ambiental em estação tratamento esgotosLeiria, 05 Mai Em causa está a elevada quantidade de efluentes retidos na lagoa central da ETAR, o que originou infiltrações nos terrenos e corre riscos de romper a tela isolante, contaminando as linhas de água que vão dar à ribeira do Sirol, um afluente do rio Lis, a montante da cidade de Leiria. "O abandono de uma estação potencia o risco de acidentes", considerou Nuno Cunha Lopes, durante uma visita de elementos da autarquia, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Centro e da GNR à ETAR da Raposeira, para avaliar as condições de armazenagem de milhares de metros cúbicos de efluentes suinícolas. A Protecção Civil identificou a "ruptura de algumas telas" que deveriam isolar a referida lagoa, notando-se algumas infiltrações nos terrenos adjacentes. Nesse sentido, Cunha Lopes recomendou uma redução ou mesmo secagem do volume de efluentes existente naquela lagoa, de modo a prevenir o risco de um acidente ambiental semelhante ao que sucedeu no ano passado na ribeira dos Milagres, obrigando à interdição da utilização da Praia da Vieira por banhistas. Caso contrário, os "sinais concretos" recolhidos nesta visita indiciam que o rompimento da lagoa pode verificar-se, salientou Nuno Cunha Lopes. Recentemente, a GNR emitiu também uma nota à autarquia, manifestando a sua preocupação pelas condições de retenção das lagoas, temendo um rompimento da estrutura. Confrontado com esta posição, o presidente da Associação de Suinicultores de Leiria (ASL), David Neves, promete realizar as intervenções necessárias para minimizar o problema, embora rejeite qualquer investimento de fundo na ETAR, à semelhança do que sucede com outra unidade do género que existe na Bidoeira. Para a ASL, as unidades constituem investimentos "falhados" que resultam de "má gestão de dinheiros" por parte da anterior direcção da associação e do poder político que, na década de 90, decidiram investir em duas ETAR, que custaram cerca de 2,5 milhões de euros, sem alegadamente existir a garantia da sustentabilidade económica do seu funcionamento. Actualmente, as duas ETAR funcionam apenas como grandes armazéns de efluentes para os suinicultores, que depois vão proceder ao espalhamento dos detritos em terrenos agrícolas e florestais. A solução final para o tratamento dos efluentes dos cerca de 300 mil porcos que existem na região vai passar pelo projecto da RECILIS, uma empresa privada que reúne os empresários do sector e que está a realizar um concurso público internacional para uma solução técnica global de tratamento destes esgotos, sem excepção. Na segunda-feira, foram abertas 21 propostas de soluções técnicas para uma primeira seriação, apresentadas por consórcios portugueses, holandeses, ingleses e espanhóis. A adjudicação da obra, que inclui duas grandes ETAR vai ser feita ainda este ano, prevendo-se o início das obras para Janeiro de 2005, de modo a que o projecto fique concluído no primeiro semestre do próximo ano, considerou o presidente da ASL, que é também presidente da RECILIS. A solução técnica encontrada para Leiria vai ser também aplicada no Oeste e servirá como "exemplo" para outras zonas de grande produção suinícola, como é o caso da Península de Setúbal ou Monchique.
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