Aquele que é o maior concelho do país em território lida há anos com o aumento do número de residentes estrangeiros. Em 2020, representavam já quase 40% do total da população residente. Vivem em casas sobrelotadas e trabalham horas a fio, de sol a sol, debaixo do calor das estufas para, ao final do mês, terem um baixo salário. Há um ano, o Governo decidiu avançar com medidas para a criação de habitação para os acomodar. Um ano depois, praticamente tudo na mesma ou pior.
Apesar da escassez de água, há venda de quotas de água entre beneficiários, como admite Luis Mesquita Dias, presidente da Direção da AHSA. “Acho que era desejável que esse mercado de direitos de água fosse regulamentado e existisse de uma forma transparente e clara, como acontece noutros países. Aqui, infelizmente, não é permitida ou sequer está regulamentada essa troca de direitos. Ela acontece quando efetivamente temos um proprietário ao lado de outro, um não precisa de agua, o outro precisa e chegam a acordo entre si.”
A Associação de Beneficiários do Mira “imagina” que isso aconteça. Manuel Amaro Figueira diz que a cedência, neste caso, a venda da água é feita pela cedência das áreas. A quem critica, deixa um pedido: “Que arranje […]