Segundo a revista “Vogue”, a novidade está nos materiais usados: filhas de abacaxi (Piñatex), fibra de laranja e espuma de algas.
O Piñatex vai ser utilizado para substituir o couro. A fibra da fruta é geralmente queimada ou descartada depois de ser colhida, mas pode agora transformar-se num rendimento para os agricultores que reutilizarem o material, explica a empresa que vai fornecer este tecido, Ananas Anam Ltd.
Também as cascas das laranjas que seriam jogadas fora, transformam-se em tecidos com fio formado de celulose. A sensação do tecido de fibra de laranja é descrita pela empresaOrange Fiber como suave e sedosa ao toque.
O terceiro material de origem sustentável é uma espuma feita de biomassa de algas (o “bloom foam”), que vai compor os sapatos da nova coleção.
O novo calçado acaba com as solas convencionais feitas de derivados de petróleo, de origem fóssil e poluente. De acordo com a empresa fornecedora deste material, Bloom, sedeada nos Estados Unidos, para fazer esses sapatos são usadas cerca de 225 garrafas de plástico.
No início do mês, para promover iniciativas sustentáveis, a H&M Foundation premiou com 300 mil euros o projeto “The Loop Scoop”, da agência alemã “circular.fashion”, na mais recente edição do Global Change Award.
A distinção foi atribuída aos alemães por desenvolver um sistema digital que promete completar o ciclo de cada peça de roupa, desde a fase de desenvolvimento da peça até à reciclagem. A ideia é assegurar que a vida de todos os vestidos, camisolas e casacos do mundo não chegue ao fim quando deixam de ser usadas.