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– 15-12-2012 |
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Fileira do pinho com falta de matéria-prima reclama incentivos públicos adequados
A floresta de pinho em Portugal tem decrescido "a passos largos", obrigando a fileira a importar matéria-prima que o país poderia produzir em quantidade necess�ria para ser auto-suficiente, afirma o presidente da direc��o do Centro Pinus. Em entrevista � agência Lusa no ambito do semin�rio "Mais e Melhor Pinhal", que decorre hoje em Cantanhede, Jo�o Gon�alves destacou que a iniciativa pretende informar o sector do "potencial desta fileira" e demonstrar que "o pinhal � interessante em termos de rentabilidade e constitui uma alternativa que deve ser considerada". Apesar de "optimista" quanto ao futuro, o presidente do Centro Pinus — criado em 1998, pelos maiores consumidores de madeira de pinho, para contribuir para o aumento da produ��o e qualidade da floresta de pinho — admite que o sector está actualmente amea�ado pelo desaparecimento "a passos largos, quer em área, quer em volume, da madeira disponível.". Uma situa��o que, explicou, resulta do efeito conjugado dos inc�ndios e de questáes fitossanit�rias, mas, Também, de �modelos de incentivo ao investimento não t�m sido adequados �s necessidades do pinhal�. �O pinhal está concentrado em pequena propriedade e, até hoje, o produtor florestal do minif�ndio não tem conseguido aceder a nenhum dos incentivos porque estes estáo desenhados para produtores com escala�, referiu Jo�o Gon�alves. Convicto da rentabilidade do pinhal, o presidente do Centro Pinus destaca ainda a representatividade da ind�stria da fileira do pinho em toda a fileira florestal: � respons�vel por 80% dos empregos e 90% das empresas industriais, metade do Valor Acrescentado Bruto (VAB), 34% das exporta��es da fileira e 3,4% das exporta��es nacionais. Em termos absolutos, empregava 62.447 pessoas em 2010 em 11.245 empresas, gerando um VAB de 1.030 milhões de euros e tendo exportado 1.443 milhões de euros em 2011. Outro dos pontos fortes da fileira � a facilidade de regenera��o por semente do pinhal, ap�s um inc�ndio ou corte final, o que permite �um enorme potencial produtivo, com um investimento muito inferior ao de uma nova plantação�. Contudo, e apesar de tal implicar �uma interven��o muito simples e de baixo custo�, a realizar a partir do 3.� ano de crescimento e que se designa por �limpeza de povoamento�, o processo está �completamente parado�. �Estimamos que existem para cima de 150 mil hectares de área de pinho em regenera��o natural, que s� seria preciso conduzir para o transformar em pinhal produtivo, mas mesmo isso está completamente parado�, lamentou Jo�o Gon�alves. Para o respons�vel, �caberia ao Estado fazer a dinamiza��o deste processo�, j� que �áreas muito extensas de povoamento são comunitárias, que estáo em regime de co-gestáo com o Estado�. Isto num contexto de cont�nua diminui��o da área de pinhal em Portugal, que tem levado a uma crescente importa��o de madeira de pinho pela ind�stria do sector. Destacando a perda de valor que tal implica, o presidente do Centro Pinus garante que o sector �podia claramente ser auto-suficiente em Portugal, como j� o foi no passado�. �No invent�rio de 1985 t�nhamos mais 1.200 milhões de hectares de pinhal, em 1995 cerca de um milh�o e, no invent�rio de 2005, 885 mil hectares. Agora, fala-se em n�meros ainda não publicados, mas aterradores�, refere. Fonte: Lusa
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