Embalado pelo ritmo das vendas ao exterior da última década, o setor quer ultrapassar a fasquia dos 4 mil milhões de euros dentro de dois anos, apostando nos destinos fora da Europa, em especial, nos Estados Unidos.
A fileira da madeira e do mobiliário – que em 2022 ultrapassou pela primeira vez a barreira dos três mil milhões de euros em exportações – está apostada em crescer mais mil milhões até 2025, ano em que pretende superar a fasquia dos quatro mil milhões. Antes disso, para este ano, o objetivo é vender mais 400 milhões de euros ao exterior. A aguardar aprovação está o projeto de apoio à internacionalização da Associação dos Industriais de Madeira e Mobiliário de Portugal (AIMMP), que prevê um investimento global de 9,7 milhões de euros, evolvendo cerca de 90 empresas em 35 ações distintas numa dezena de mercados.
Em 12 anos, entre 2010 e 2022, o setor praticamente duplicou as suas exportações, atingindo os 3039 milhões de euros, com a União Europeia a assegurar 77% deste valor. Mas, no mesmo período, as vendas para os mercados extracomunitários passaram de 301 para 701 milhões, e representam já 23% do total vendido ao exterior. E é aqui que a AIMMP tem apostado fortemente na promoção internacional, convicta de que se trata dos mercados “com maior potencial de crescimento”. Até porque, sendo a base baixa, o desenvolvimento é mais rápido.
“Em 2021, aproveitámos a pandemia para fazer um grande esforço de promoção no Médio Oriente, mostrando a nossa força e a capacidade do design europeu. Organizámos, inclusivamente, uma mostra dentro do Pavilhão de Portugal na Expo Dubai”, explica Vítor Poças. Agora, a estratégia é reforçar a aposta nos Estados Unidos e no Canadá, “sem abandonar o Médio Oriente e assegurando sempre a presença nas grandes feiras do setor na Europa”. O plano de internacionalização prevê ainda a realização de campanhas publicitárias e de comunicação e uma […]