Até à próxima terça-feira qualquer cidadão pode apresentar sugestões para o Plano de Gestão Florestal da Mata Nacional de Leiria, que se encontra em discussão pública. No entanto, os especialistas apontam-lhe falhas.
Os vários especialistas que integraram o Observatório Técnico Independente para os Incêndios (extinto em junho de 2021) vão tornar pública uma posição conjunta sobre o Plano de Gestão Florestal (PGF) da Mata Nacional de Leiria, que está em consulta pública até à próxima terça-feira (1 de fevereiro).
A garantia foi dada ao DN por Francisco Rego, que coordenou o grupo que se tem mantido em contacto e pronto a intervir “sempre que se justificar”, como diz ser o caso. “Nós pronunciámo-nos bastante sobre o Pinhal de Leiria, fazendo sugestões e propostas, por isso é natural que um momento destes nos obrigue a uma intervenção”, afirma o professor do Instituto Superior de Agronomia.
Francisco Rego considera que a questão central que falhou nesta proposta de plano foi “o modelo de gestão”. “Nós propusemos sempre que o ICNF [Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas] não fosse o único patrão do Pinhal de Leiria, e que houvesse um modelo de gestão mais participado e mais participativo, que aliás é aquele que em áreas protegidas e noutras circunstâncias o próprio Governo tem apontado, com intervenção das autarquias, e entidades ligadas a ONG”s e ao património. Isso é o que nos parecia mais correto”, afirmou ao DN.
Embora compreenda que “um plano de gestão é mais técnico”, o antigo coordenador do Observatório Independente considera que esta era a oportunidade para o fazer. Não acontecendo, “é uma oportunidade perdida”. “Eu estaria à espera de que, pelo menos, essa solução fosse equacionada, e que houvesse decisões nessa matéria”, frisou. […]