Como se não bastasse a já difícil situação com os preços baixos na produção, com menos 100 euros por tonelada em relação a 2022 (33,5 tonelada em 2022 e 23,5€ tonelada 2023), acresce agora a impossibilidade do escoamento, dado que as Cooperativas Agrícola da região ( Montemor-o-Velho, Coimbra, e do Bebedouro – Arazede) que escoam o milho, por terem os silos cheios, não recebam a produção do Baixo Mondego .
Esta situação acontece principalmente devido às importações do Leste Europeu principalmente da Ucrânia e Polónia, e da descarga de barcos oriundos da América do Sul.
Nestas 2 últimas semanas 2 barcos com dezenas de milhares de toneladas oriundos da América do Sul, foram descarregadas em Portugal .
São muitas dezenas de tratores parados em frente a estas Cooperativas à espera que seja dada luz verde para poderem descarregar o seu milho.
Os agricultores estão numa situação em que o milho que ainda está no campo não pode ser colhido porque não há escoamento, e o que já foi colhido, os agricultores têm que guardar em casa, ou deixar nos atrelados dos tratores.
Esta situação põem em risco a colheita de milho no Baixo-Mondego, que ronda uma área de cerca de 6.000ha .
É escandaloso que estando a produção nacional sem soluções de escoamento, o Governo Português permita as importações, como se nada de anormal se passe.
Caso esta situação não seja desbloqueada a estimativa dos prejuízos na cultura do milho no Baixo Mondego de vários milhões de euros.
É urgente que o Governo acione urgentemente os mecanismos Nacionais e Europeus que impeça as importações desnecessárias de milho, até que a produção nacional seja escoada.
Contactámos o Ministério da Agricultura mas não foi possível obter uma resposta.
Fonte: ADACO