Os aumentos da margem financeira e das comissões explica uma parte da performance da entidade bancária nos primeiros nove meses do ano.
O resultado líquido do grupo Crédito Agrícola nos primeiros nove meses de 2023 atingiu os 224,4 milhões de euros, correspondente a uma rentabilidade de capitais próprios de 13,9% “e para a qual contribuíram os desempenhos positivos das principais componentes do grupo (banca, seguros vida e não vida e gestão de ativos)”, refere aquela entidade em comunicado. A variação homóloga verificada foi de 139,3%.
O indicador ficou a dever-se a vários fatores, entre eles o aumento da margem financeira em 120% (+293,2 milhões de euros face aos 9M22) para 537,5 milhões de euros; o aumento de comissões líquidas em 10,2% para 113,9 milhões de euros (+10,6 milhões de euros face ao período homólogo); a melhoria do resultado das operações financeiras em 17,2 milhões de euros para 12,7 milhões de euros, face a um resultado negativo de 4,5 milhões de euros nos nove meses de 2022.
De salientar ainda, do lado negativo, o decréscimo de 35,3% da margem técnica da atividade seguradora para 63,8 milhões de euros (-34,8 milhões de euros face ao igual período do ano passado); o reforço de imparidades e provisões, que ascenderam a 71,7 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2023 (+48,7 milhões de euros face ao período homólogo); o crescimento dos custos de estrutura em 6,7% para 310,7 milhões de euros (+19,6 milhões de euros face a entre janeiro a setembro do ano passado); a variação negativa de 37,3 milhões de euros, face aos primeiros nove meses do ano passado, do Resultado de Outros Ativos, explicada essencialmente pela implementação de haircuts em função da antiguidade na carteira de imóveis, em cumprimento com as orientações do Banco de Portugal; e […]