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– 22-11-2002 |
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Ci�ncias agr�rias : Excesso de cursos e poucos alunos preocupam ministroLisboa, 21 Nov Em declarações � Agência Lusa, o ministro da Ci�ncia e do Ensino Superior manifestou preocupa��o com a actual situa��o das ci�ncias agr�rias, uma área onde a taxa de ocupa��o dos cursos se situa entre 55 e 60 por cento. Se existisse j� a imposi��o da nota m�nima de 9,5 valores para entrada no ensino superior, aquela percentagem sofreria uma quebra de 20 por cento, ou seja, apenas 40 por cento das vagas seriam preenchidas, acrescentou Pedro Lynce. Por isso, o ministro inicia sexta-feira, em Lisboa, um ciclo de debates sobre o ensino superior portugu�s em que o primeiro a analisar � precisamente sobre as ci�ncias agr�rias. Seguir-se-� a forma��o de professores. "Se não fizermos nada agora, receio que, daqui a cinco anos, acabe tudo", alertou. Pedro Lynce afirma que vai ter um cuidado especial a nível. regional porque a mobilidade dos estudantes faz-se menos na vertical e mais na horizontal, isto �, os alunos deslocam-se mais do interior para o litoral e menos de Norte para Sul. Em sete cursos, continuou, a média do n�mero de alunos � dez, mas se consider�ssemos a nota m�nima de 9,5, baixaria para apenas 6 alunos por curso. Porque h� dificuldades em captar alunos para cursos que até interessam a Portugal? Porque falamos apenas em curso graduados e não se alargam as aprendizagens ao longo da vida? Porque não se pensa nos curso p�s-secund�rios quando o país até tem falta destes quadros, questiona o governante. De acordo com um estudo do Centro de Investiga��o de Pol�ticas do Ensino Superior (CIPES), a que a Lusa teve acesso, "� �bvia a exist�ncia de problemas (nas ci�ncias agr�rias), com especial incid�ncia em alguns sectores mais espec�ficos como a Engenharia Florestal, a Engenharia Agron�mica, a Agro-pecu�ria e a Enologia". "� clara a exist�ncia de um excesso de oferta, com uma dispersão de recursos por um n�mero elevado de instituições e tentativas – em regra infrut�feras – de captar alunos com designa��es que provavelmente t�m mais que ver com uma estratégia de marketing do que com uma estratégia acad�mica", sublinha o documento. além disso, continua, quando uma área promissora, logo se multiplicam os cursos um pouco por toda a parte, receita mais do que segura para saturar rapidamente o mercado de emprego, tornado áreas apetec�veis em áreas problema. Um exemplo marcante �, segundo o CIPES, o da Engenharia do Ambiente, onde se registam 17 cursos com uma oferta total de 870 vagas. H� ainda a considerar que nos �ltimos anos se tem verificado uma diminui��o do n�mero de candidatos ao Ensino Superior. não se trata de um fen�meno acidental, mas sim de uma tend�ncia que irá manter-se ou mesmo acentuar-se nos próximos anos, sobretudo devido � diminui��o da taxa de natalidade, salienta o estudo. além disto, a partir de 1996, as vagas totais (público e privado) passaram a exceder o n�mero de candidatos. O problema � mais grave do que poderia prever-se, uma vez que a partir de 2000 o n�mero de vagas s� no sector público aproxima-se ou ultrapassa mesmo o n�mero de candidatos. "A margem de manobra que resta para o sector privado está fortemente ligada �s vagas não preenchidas no sector público devido ao desajustamento entre a oferta e a procura". Face a todos estes dados e atendendo �s perspectivas de desenvolvimento futuro da agricultura dentro dos condicionalismos impostos pela União Europeia qual a estratégia a adoptar pelas instituições para resolver o problema?, pergunta Alberto Amaral, do CIPES. A rede de estabelecimentos de ensino público com cursos na área agro-pecu�ria está implantada em 13 dos 18 distritos do continente e em uma regi�o aut�noma. � constitu�da por oito escolas superiores agr�rias e unidades org�nicas em seis universidades. No ensino privado, apenas a Escola Universit�ria Vasco da Gama, em Coimbra, ministra forma��o nesta área. Cerca de 13.100 estudantes frequentam actualmente o ensino superior público em ci�ncias agr�rias, dos quais 49 por cento no ensino universit�rio e 51 por cento no polit�cnico. Apesar de algumas flutua��es nos anos interm�dios, o n�mero de vagas em 2002 foi id�ntico ao verificado em 1998. Entre 1997 e 2001, conclu�ram um bacharelato ou licenciatura nesta área cerca de 6.400 estudantes. S� em 2001 chegaram ao mercado de trabalho cerca de 1400 novos diplomados, dos quais 63 por cento com grau de bacharel e 37 por cento com licenciatura. No debate de sexta-feira participar�o, além de Pedro Lynce, o secret�rio de Estado-Adjunto e das Pescas, Lu�s Fraz�o Gomes, Alberto Amaral, director do CIPES, o secret�rio-geral da CAP e o Baston�rio da Ordem dos Engenheiros.
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