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– 20-02-2013 |
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Chuvas atrasam sementeiras de Outono / InvernoAs previs�es agr�colas do INE, em 31 de Janeiro, apontam para a manuten��o das áreas dos cereais de Outono / Inverno, cujas sementeiras t�m registado atrasos provocados pela intensa precipita��o que obrigou � interrup��o dos trabalhos.
O m�s de Janeiro caracterizou-se em termos meteorol�gicos pela continua��o das condi��es t�picas de um inverno rigoroso. Na primeira quinzena o c�u manteve-se nublado com alguns chuviscos. A partir de meados do m�s registaram-se precipita��es abundantes e regulares, mais intensas nalguns locais devido � ocorr�ncia de trovoadas e ventos fortes e sob a forma de neve nas terras de maior altitude. De salientar ainda que nos dias 18 e 19 de Janeiro registou-se um forte temporal, provocado pela aproxima��o e passagem de uma depressão muito activa, que originou ventos muito fortes ou excepcionalmente fortes, com rajadas superiores a 100 km/h em quase todo o territ�rio. A intempôrie de ventos ciclúnicos e chuvas intensas que se abateu com particular intensidade na madrugada do dia 19 de Janeiro provocou avultados preju�zos, destruindo estufas e abrigos baixos de culturas hort�colas e frutos pequenos de baga, arrancando �rvores (olivais intensivos jovens, macieiras, nogueiras, etc,.), alagando culturas e saturando os terrenos. Os ventos fortes Também provocaram a �acama� de algumas culturas arvenses, que partiram pelo caule, e a �queima� de muitas hort�colas de ar livre. As elevadas precipita��es provocaram situa��es de encharcamento nos terrenos situados em zonas baixas e nos solos mais pesados com problemas de drenagem, o que impediu a entrada das m�quinas para a prepara��o e realiza��o das sementeiras. Influenciaram Também o desenrolar de outros trabalhos de inverno, nomeadamente as podas das culturas permanentes e pontualmente a colheita da azeitona e de algumas culturas hort�colas. No entanto, foram favor�veis para a continua��o da reposi��o dos n�veis fre�ticos, encontrando-se as reservas superficiais, po�os, charcas e barragens com n�veis de armazenamento de �gua suficientes para satisfazer as necessidades de rega. Prados, pastagens e culturas forrageiras t�m beneficiado das condi��es meteorol�gicas As condi��es meteorol�gicas verificadas durante este m�s influenciaram Também positivamente o crescimento e a produ��o da massa verde dos prados, pastagens e culturas forrageiras. O bom aspecto vegetativo destas culturas � evidenciado pela colora��o verde viva, que contrasta com o verde p�lido e os problemas de desenvolvimento que apresentavam em igual período do ano anterior, resultado do d�fice h�drico que se fazia sentir. No entanto, as pastagens de altitude, que servem de alimento aos pequenos ruminantes, t�m-se ressentido das baixas temperaturas, apresentando um menor desenvolvimento. Também os prados e forragens instalados nas zonas mais baixas, e com drenagem mais deficiente, mostram alguns sintomas de encharcamento, embora ainda dentro dos par�metros aceit�veis. As condi��es de pastoreio das diferentes especies pecu�rias são as esperadas para a �poca, embora prejudicadas pela intempôrie e pela neve, ocorridas em algumas regi�es do interior e nas terras altas que, para além de condicionarem a produ��o de massa verde, obrigaram � perman�ncia dos animais nos estábulos. A alimenta��o animal decorre assim dentro da normalidade, baseada no pastoreio, na generalidade dos sistemas extensivos, sendo complementada com o recurso aos stocks de alimentos conservados (fenos e palhas) e ra��es industriais. Em algumas zonas do Norte do país, dado o bom desenvolvimento das forragens anuais semeadas precocemente j� se efectuaram cortes para aproveitamento em verde e cujo contributo para a alimenta��o dos efectivos pecu�rios não � negligenci�vel. As sementeiras dos cereais de Outono / Inverno decorrem com interrup��es devido � intensa precipita��o As sementeiras dos cereais praganosos de Outono / Inverno continuam atrasadas, em virtude das sucessivas interrup��es causadas pela intensa precipita��o, que tem alagado os solos mais pesados e impedido o acesso das m�quinas aos campos. De facto, as condi��es de tempo que, durante a primeira quinzena de Janeiro, permitiram prosseguir com a realiza��o das sementeiras dos cereais, voltaram a obrigar � suspensão dos trabalhos ap�s o temporal do dia 19 de Janeiro. Atendendo a estes condicionalismos, as áreas semeadas são neste momento semelhantes �s do ano anterior, embora se espere ainda um aumento destas superf�cies, impulsionadas pelos atractivos pre�os de mercado dos cereais para gr�o. As searas apresentam um bom aspecto vegetativo, prevendo-se a retoma das produtividades A grande maioria das searas germinaram bem e apresentam um aspecto vegetativo regular, ainda que ligeiramente atrasadas, devido ao reduzido n�mero de horas de Sol e aos baixos valores de temperatura. No entanto, alguns cereais instalados nas zonas baixas e nos solos mal drenados apresentam sintomas de inibi��o do crescimento, reflexo do efeito negativo do excesso de humidade, provocado pela elevada precipita��o acumulada desde o in�cio do ano agr�cola. Desta forma, para a aveia para gr�o, cereal cujo período normal de sementeira foi anterior � situa��o de satura��o dos solos, prev�-se um consider�vel aumento da produtividade face a 2012 (+115%), que como � sabido foi fortemente marcado pelas condi��es de seca extrema que se fizeram sentir em todo o territ�rio do Continente e influenciaram negativamente o rendimento das culturas de sequeiro. Produção de azeitona para azeite decresce 25% As condi��es climatéricas adversas, nomeadamente as elevadas amplitudes t�rmicas, os ventos fortes e a seca prolongada, que se fizeram sentir ao longo do ciclo de produ��o do olival, aliadas a um ano de contrassafra, condicionaram as produ��es dos olivais de sequeiro para azeite. Nos olivais intensivos e superintensivos, maioritariamente regados, as consequ�ncias negativas do d�fice h�drico foram mitigadas, atenuando os decréscimos de produ��o de azeite que, ainda assim, dever�o alcan�ar os 25%, face � anterior campanha. De um modo geral, a matéria-prima recepcionada pelos lagares tem apresentado par�metros de qualidade considerados normais, sendo o azeite produzido homog�neo e com reduzida acidez, caracterástica organol�ptica determinante para uma maior valoriza��o por parte dos consumidores. Em contrapartida, os r�cios do rendimento m�dio (funda) em termos de kg de azeitona laborada por litros de azeite produzido tem apresentado valores inferiores aos da última campanha, devido essencialmente � aus�ncia de humidade que condicionou o crescimento do fruto. Fonte: INE
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