No que respeita a vinhos e a que preços se vai vender a produção, aí é que a coisa se complica. Vender caro pode ser aventura perigosa porque uma coisa é vender 500 ou 1000 garrafas, outra bem diferente é vender 50 ou 100.000
Quem produz uvas e faz vinho sabe que há castas que são amigas do agricultor e outras que são madrastas. Há assim castas que são naturalmente mais produtivas (se as deixarem) e há também as que são amigas dos produtores. Essas são as que dão bons resultados, em climas diversos e com solos e práticas agrícolas diferentes. Um desses casos é a variedade do branco que hoje sugiro, a Chardonnay. Clássica da Borgonha, é uva que se dá bem por todo o lado. Vulgarizou-se de tal forma nos Estados Unidos que Chardonnay passou a ser sinónimo de vinho branco. Tem muita capacidade para gerar vinhos com personalidade e resulta bem quer em inox quer na fermentação em barrica. Por isso é tão apreciada.
O mesmo acontece com o Cabernet Sauvignon, que tem ainda a vantagem acrescida de ser muito resistente à podridão e a Syrah, a nova menina bonita do Alentejo, que produz sempre bem (outro sonho de qualquer produtor).