Ação de promoção internacional nos dois mercados segue-se ao périplo asiático (Hong Kong, Tailândia, Malásia e Singapura) e à passagem pelos Estados Unidos (Miami), em maio passado.
Pela primeira vez, a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) realizou uma ação de promoção dos vinhos portugueses na Turquia, que decorreu na semana passada. Há vários anos no ‘radar’ dos produtores nacionais, foram agora reunidas as condições para uma primeira abordagem ao mercado euroasiático. Na iniciativa, que contou também com uma nova visita ao Cazaquistão, participaram 11 empresas nacionais.
Luís Mira, secretário-geral da CAP, lembra que “a Turquia tem uma longa história de produção vitivinícola em várias regiões do seu território e tradição de consumo de vinho. Por isso, ainda que, fruto das suas raízes culturais e religiosas, o consumo per capita de vinho seja menor do que noutros mercados europeus, o potencial existe: trata-se de um Estado secular, um mercado com mais de 85 milhões de habitantes, um País que regista grandes fluxos turísticos e, por isso, com enorme apetência pelo consumo vínico através de canais de restauração e de Distribuição que procuram, cada vez mais, acompanhar os standards internacionais de qualidade e sofisticação. Foi um primeiro contacto marcante, em que foram estabelecidas as primeiras relações com o mercado e que, esperamos, tragam frutos no futuro próximo.”
Na Turquia, em Istambul, a CAP organizou uma masterclasse dinamizada pelo orador Turgut Tokgöz, especialista em vinhos muitíssimo reconhecido em Istambul pelo seu trabalho com vinhos. WSET Wine & Spirits Educator, juiz de vários concursos internacionais de vinho, presidente da Turkish Society of Wine Experts & Educators, foi o anfitrião de um evento em que participaram 60 pessoas que trabalham o mercado do vinho naquela País. O interesse destes participantes pelo vinho português foi grande, tal como o entusiasmo demonstrado por quem esteve presente na Grande Prova, onde os produtores portugueses conseguiram estabelecer vários contactos com profissionais turcos desta área.
No mapa desta viagem, foi também paragem obrigatória o Cazaquistão (mais concretamente a maior cidade do País, Almaty), mercado que a CAP e as empresas vitivinícolas nacionais visitam há três anos consecutivos e que está a corresponder às expetativas. Apesar de ser um mercado desafiante, os produtores portugueses começam a colher os resultados deste contínuo trabalho comercial junto de distribuidores e clientes cazaques: vários conseguiram já garantir a representação dos seus vinhos neste mercado.
Refere Luís Mira: “À partida, são mercados que colocam desafios bastante exigentes aos produtores. O que estes anos de experiência da CAP em ações de promoção internacional do vinho português demonstram é que este trabalho de aproximação cuidado, regular e consequente a estas geografias é fundamental para dar cumprimento a um desígnio que é imperativo para os produtores nacionais: garantir a diversificação do seu portefólio de clientes. O feedback que fomos recebendo por parte dos importadores, retalhistas e consumidores nestes périplos tem sido muito positivo. Num momento em que é necessário olhar para novas oportunidades é com naturalidade que, nos últimos anos, nos temos focado na promoção internacional dos nossos vinhos nestas geografias.”
As 11 empresas que marcaram presença neste périplo pela Euroásia: Adega Cooperativa da Vermelha; Barcos Wines – Viniverde; Casa Ermelinda Freitas; Casa Santos Lima; Manzwine; Quinta das Arcas; Quinta S. Sebastião; Vercoope; Vinalda; CARM – Casa Agrícola Roboredo Madeira; e Agrimota – Sociedade Agrícola e Florestal.
Nos últimos anos, a CAP tem organizado diversas ações de promoção internacional do vinho português em variadas geografias mundiais, seja no aprofundamento das relações comerciais em mercados maduros, como é o caso dos Estados Unidos, seja na procura de novas oportunidades de negócio em mercados ainda pouco consolidados, nomeadamente no continente asiático.
Fonte: CAP